Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Uma nordestina que gostava mesmo era de roça. Viu o mar apenas uma vez.
Foi o Carlinhos Cabeleireiro de Quixeramobim, amado e respeitado por toda a cidade.
Apaixonado por paredões de som, construiu o Paredão Arrais, que fez a alegria das festas da família e da região.
Uma pessoa que levava alegria por onde passava com seu coração bondoso e humilde.
De voz mansa e sorriso amável.
Relojoeiro de profissão, viveu com alegria e bom humor cada minuto de seus dias.
Sonhava em deixar a vida agitada da cidade e viver sossegado no seu sítio, com sua companheira de vida.
Quando jovem, participou da escrita de um livro de piadas da sua amada cidade: “Lá em Quixeramobim".
Apesar do jeitão meio bruto de falar, tinha um coração bondoso e sabia as palavras certas para cada ocasião.
Mandava o filho ir descansar depois da aula, mas ele mesmo nunca tirava uma folga.