INUMERÁVEIS

Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.

Quixeramobim (CE)

Adonias Queiroz de Sousa, 87 anos

Concretizou seu amor pela música mantendo por mais de quarenta anos um comércio de discos que eternizou muitos cantores.

Antônia Oliveira Neves, 83 anos

Uma nordestina que gostava mesmo era de roça. Viu o mar apenas uma vez.

Carlos Alberto de Oliveira, 67 anos

Foi o Carlinhos Cabeleireiro de Quixeramobim, amado e respeitado por toda a cidade.

Cleuton da Silva Arrais, 42 anos

Apaixonado por paredões de som, construiu o Paredão Arrais, que fez a alegria das festas da família e da região.

Domingos Carvalho de Amorim, 56 anos

Uma pessoa que levava alegria por onde passava com seu coração bondoso e humilde.

Ivana Alves da Silva, 46 anos

De voz mansa e sorriso amável.

João Bosco de Oliveira, 80 anos

Relojoeiro de profissão, viveu com alegria e bom humor cada minuto de seus dias.

José Airton Teobaldo Firmino, 61 anos

Sonhava em deixar a vida agitada da cidade e viver sossegado no seu sítio, com sua companheira de vida.

Jose Claudio Nobre da Silva, 48 anos

Nas noites do sertão, quando menino, pintava o rosto com carvão para assombrar os irmãos.

Luís de Freitas, 82 anos

Quando jovem, participou da escrita de um livro de piadas da sua amada cidade: “Lá em Quixeramobim".

Raimundo Felipe de Araújo, 69 anos

Apesar do jeitão meio bruto de falar, tinha um coração bondoso e sabia as palavras certas para cada ocasião.

Weiber Queiroz Cavalcante, 60 anos

Mandava o filho ir descansar depois da aula, mas ele mesmo nunca tirava uma folga.

não há quem goste de ser número
gente merece existir em prosa