Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Concretizou seu amor pela música mantendo por mais de quarenta anos um comércio de discos que eternizou muitos cantores.
Uma nordestina que gostava mesmo era de roça. Viu o mar apenas uma vez.
Foi o Carlinhos Cabeleireiro de Quixeramobim, amado e respeitado por toda a cidade.
Apaixonado por paredões de som, construiu o Paredão Arrais, que fez a alegria das festas da família e da região.
Uma pessoa que levava alegria por onde passava com seu coração bondoso e humilde.
De voz mansa e sorriso amável.
Relojoeiro de profissão, viveu com alegria e bom humor cada minuto de seus dias.
Sonhava em deixar a vida agitada da cidade e viver sossegado no seu sítio, com sua companheira de vida.
Nas noites do sertão, quando menino, pintava o rosto com carvão para assombrar os irmãos.
Quando jovem, participou da escrita de um livro de piadas da sua amada cidade: “Lá em Quixeramobim".
Apesar do jeitão meio bruto de falar, tinha um coração bondoso e sabia as palavras certas para cada ocasião.
Mandava o filho ir descansar depois da aula, mas ele mesmo nunca tirava uma folga.