Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Chegava em casa buzinando sua motinho, uma maneira ímpar de demonstrar sua afetuosidade.
Mesmo doente, tentava tranquilizar os colegas, enfermeiros como ele. Deixou saudade.
Amava ficar em casa e só saia se fosse para agradar sua mãezinha.
Carismática, adorava contar histórias antigas. Não faltavam ouvidinhos atentos às histórias de Laura.
Mulher dedicada, consagrada e fiel.
No hospital, sentava-se à mesa do refeitório, passava o café em um coador e servia quem estivesse presente.
Médico do corpo e da alma de muitos de nós.
Encantanda pelo mar, admirava o surf praticado em ondas gigantes. Sonhava em um dia poder fazer o mesmo.
A estrada foi sua companheira, além de uma grande escola, ensinou-lhe até a cozinhar.
Movida pelo amor, viajou mil quilômetros sozinha no Fusca novinho que ela mesma comprou.