Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Já era tradição: nos dias de culto, era ele que recepcionava a irmandade.
Acordava dando um bom-dia nas redes sociais.
Trocava qualquer passeio pelo prazer de ficar em casa.
Dizia que tudo que fazemos aos outros, estamos fazendo à nós mesmos.
Gostava de surpreender a família com viagens não programadas para a praia.
Tinha olhos azuis, feito céu em dias de inverno, que emanavam toda a doçura e a pureza do seu coração.
Sentia gratidão pelas coisas simples da vida, onde a verdadeira felicidade é encontrada.
Adorava gravar o canto dos pássaros.
Não perdia uma expedição de compras com irmãs pelas ruas do Brás. Era uma farra!
Homem de fé e dedicado em todas as funções que exercia.
Assim que chegava do trabalho, tomava um banho e sentava-se junto ao filho para ajudar com as tarefas escolares.