Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Seu legado é a forma como ajudou o mundo a ser melhor: empregou ética e amor em tudo o que fez.
Deixou como legado uma família formada por pessoas de bem e de bom coração.
Tinha paixão por samba e churrasco. Aliás, amava tudo que envolvesse comida.
Ele tinha um olhar compreensivo sobre tudo. Ponderava e pensava sobre as coisas que aconteciam, sem se precipitar.
Aquela que transformava tudo em arte.
Amava tirar um cochilo após o almoço, muitas vezes sentado e com um palito de dentes na boca.
Compartilhava seus dotes culinários com a família aos domingos, fosse churrasco ou um prato especial que aprendera.
Possuiu uma imensa coragem e desejo de viver: amou, se aventurou, e apreciou as delícias da vida.
O Vovô Tuca era a personificação da paz interior.
Pai de treze, alegrava-se em fazer as contas pra saber quantos netos e bisnetos tinha.
Amava tomar café da tarde e reunir os filhos e os netos em sua casa.
Amava tanto suas bonecas que todas eram batizadas, por madrinhas que ela escolhia com muito carinho.
Formou as filhas — advogada, dentista e farmacêutica — e seu maior orgulho era chamá-las de Doutora.
Leonina, amante da cor vermelha e apaixonada por flores, queria sempre tirar fotos quando via um jardim.
A mãe e avó Maria mais amada e querida deste Brasil.
Apaixonada por escola e sala de aula, nelas permaneceu até o fim frequentando a Universidade da Terceira Idade.
Rindo, dizia: "Eu acho é graçaaaaa".
Sempre que ia pra garagem mexer em alguma coisa, colocava balas no bolso pra distribuir pras crianças da vizinhança.
Cultivou a boa vizinhança e a solidariedade com o mesmo zelo que tinha pelos jardins da cidade.
Pipoqueira com muito orgulho, mesmo após reveses na saúde nunca se deixou abater.