Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Tinha um jeito engraçado de dançar, assim como fazia sorrir as filhas com sua mania de puxar os fios das sobrancelhas.
Registrou seus momentos felizes com inúmeras fotografias e com sua presença efetiva e festiva na vida daqueles que amou.
Gostava de desenhar, fazer colagens com papéis de revista picados e reformar quadros que ficavam sempre lindos.
De vez em quando guardava objetos em lugares secretos, onde ninguém era capaz de encontrar.
Sempre amparada por sua fé em Jesus Cristo, tinha para todos uma palavra de amor e esperança.
Era solidária e queria sempre ajudar, dando muitas vezes o pouco que possuía.
Uma bióloga mineira que viveu em Goiás e manteve suas raízes na fé, no amor aos seus e no preparo de pães de queijo.
Flamenguista roxo, com uma risada escandalosamente marcante e um bom humor nato.
Não mediu esforços para os dois filhos estudarem e os viu concluir o ensino superior.
Mesmo sendo analfabeto do Cerrado, aprendeu a decifrar com inteligência todas as coisas.
A rotina lhe dava prazer, assim gostava de sempre comer as mesmas coisas e de assistir os mesmos programas.
Apaixonado pela vida, por sorrisos e por pessoas.
Sempre pedindo a bênção de Deus, amava viajar e desfrutar de lugares repletos de belezas naturais.
De suas mãos, saía o melhor feijão tropeiro da região - unanimidade na família, amigos e até na igreja.
A dedicação aos filhos ultrapassava qualquer limite humano; ela foi um anjo na Terra.
O “macarrão amarelinho” preparado por ela, em incontáveis momentos, foi razão de alegria e deleite dos netos.
Brilhava como uma estrela, enchendo os dias com sorrisos, orações e amor.
O vendedor de esmeraldas que tornou-se evangélico e devotou sua vida a Deus.
Nas reuniões de família que ele tanto gostava de fazer não podia faltar piadas, música alta, piscina e vinho.