INUMERÁVEIS

Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.

Anápolis (GO)

Ataides Rosa da Silva, 54 anos

Tinha um jeito engraçado de dançar, assim como fazia sorrir as filhas com sua mania de puxar os fios das sobrancelhas.

Ataídes Rosa da Silva, 54 anos

Registrou seus momentos felizes com inúmeras fotografias e com sua presença efetiva e festiva na vida daqueles que amou.

Claudionor Oliveira Santos, 65 anos

Gostava de desenhar, fazer colagens com papéis de revista picados e reformar quadros que ficavam sempre lindos.

Dalila Martins de Jesus, 68 anos

De vez em quando guardava objetos em lugares secretos, onde ninguém era capaz de encontrar.

Erotides de Freitas Cavalcante, 80 anos

Sempre amparada por sua fé em Jesus Cristo, tinha para todos uma palavra de amor e esperança.

Eunice de Paula Souza, 78 anos

Era solidária e queria sempre ajudar, dando muitas vezes o pouco que possuía.

Francisca Iranilda Barbosa, 63 anos

Uma bióloga mineira que viveu em Goiás e manteve suas raízes na fé, no amor aos seus e no preparo de pães de queijo.

Hélio Gumercino de Oliveira, 49 anos

Flamenguista roxo, com uma risada escandalosamente marcante e um bom humor nato.

José Fernandes Nepomuceno, 75 anos

Não mediu esforços para os dois filhos estudarem e os viu concluir o ensino superior.

José Santos da Silva, 70 anos

Mesmo sendo analfabeto do Cerrado, aprendeu a decifrar com inteligência todas as coisas.

Juliana Nunes Fernandes, 88 anos

A rotina lhe dava prazer, assim gostava de sempre comer as mesmas coisas e de assistir os mesmos programas.

Lorival Ferreira dos Santos, 70 anos

Apaixonado pela vida, por sorrisos e por pessoas.

Marcia Cristina Dias de Abreu, 50 anos

Sempre pedindo a bênção de Deus, amava viajar e desfrutar de lugares repletos de belezas naturais.

Maria Aparecida da Cruz, 56 anos

De suas mãos, saía o melhor feijão tropeiro da região - unanimidade na família, amigos e até na igreja.

Maria Leite Pereira da Silva, 57 anos

A dedicação aos filhos ultrapassava qualquer limite humano; ela foi um anjo na Terra.

Marly Sartin, 67 anos

O “macarrão amarelinho” preparado por ela, em incontáveis momentos, foi razão de alegria e deleite dos netos.

Neide Pereira Bueno, 72 anos

Brilhava como uma estrela, enchendo os dias com sorrisos, orações e amor.

Polieuto do Nascimento de Lima, 46 anos

O vendedor de esmeraldas que tornou-se evangélico e devotou sua vida a Deus.

Vitor Geraldo das Graças Santos, 72 anos

Nas reuniões de família que ele tanto gostava de fazer não podia faltar piadas, música alta, piscina e vinho.

não há quem goste de ser número
gente merece existir em prosa