Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
"Nem precisa ter o sangue, basta ser amor, porque o amor já pulsa no sangue", dizia ela.
Autor das piadas sem graça mais hilárias de todos os tempos.
Fernando não temia a morte, entendia sua inevitabilidade e dizia estar pronto para quando chegasse a sua hora.
Tio Nego era batalhador e guerreiro. Sorria bastante. Amava Salete, sua companheira de todos os dias.
Apaixonado por motos e Coca-Cola, viveu para os pais e a irmã, a quem dizia amar "do tamanho do universo".
Circulava por Belém com seu "batmóvel": uma belina cheia de antenas, de onde se comunicava com os amigos.
Aparentemente sério, mas dono de uma alegria contagiante. Pai de nove filhos, cinco deles do coração.
Um contador de histórias sobre as aventuras da vida.
Doutor Juscelino era completamente apaixonado por Bernadete, sua querida esposa.
Devota de Nossa Senhora de Nazaré. Ela tinha o dom de acalmar qualquer pessoa com o seu jeito de falar mansinho.
Com um coração enorme, gerou oito filhos no ventre e uma no coração.
Professora adorada, inúmeras vezes homenageada, especialista em Estudos Amazônicos.
Ao som de hinos a Nossa Senhora, levava a vida com amor, afeto e luz, guiando os seus no bom caminho.
Jamais esperou receber recompensa por todo o bem que fazia.
Dona dos pés mais limpos e de uma memória infalível. Sua gargalhada era a marca da família.
Apaixonado pela vida na roça, enfrentou as dificuldades da vida com serenidade.
Com seu passo lento, sorriso sereno e terno tapinha no ombro, seguia dizendo: “Eba. Coragem!”
Amava a família e gostava muito de cuidar dos animais. Em Jacir, encontrou companhia para todos os dias.
Sempre de bom humor, tio Vena não perdia a oportunidade de dizer que era muito cheiroso, afinal, era filho da Rosa.