Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Soube abrir as portas do mundo para sua amada filha.
Um corintiano fanático que gostava de ler biografias para conhecer a vida de pessoas que fizeram a diferença.
"Trabaia não pra vê", dizia ele.
De tanto chamar seus pequenos pacientes de jacaré, ele acabou se tornando o “Doutor Jacaré”.
Apesar das dificuldades, recebeu o maior salário de um artista: aplausos.
Um imigrante que valorizava suas raízes. Em seus altos e baixos foi amor, honestidade, força e perseverança.
Exemplo de simpatia e empatia. Escondia sua doçura atrás da cara de bravo.
Antes mesmo de ser o alicerce do lar que construiu, já zelava pelos pais e irmãos.
Brincalhão e conversador, só se irritava se o Corinthians perdia. Fazia o melhor arroz e sabia ser solidário.
Jeito e coração alegre.
Era tão generoso e querido que até ganhou festa surpresa dos passageiros da linha de ônibus que dirigia.
Um homem de muitos amigos que sempre prezou pelo bem-estar de cada um.
Mostrava com orgulho tudo que construiu e plantou em sua casa na cidade de Itatiba.
Sua humildade, carinho e fé eram tão presentes que contagiava. Sua doação pelo próximo foi linda de ver.
Para relaxar buscava atividades diversificadas que podiam ser: pintar parede ou até lavar um quintal.
Uma vida feita de cuidado com o outro.
Não resistia às orquídeas e suculentas, sempre comprava ou arrumava uma muda.
Menina doce, alegre, de coração gigante e dona da melhor risada do mundo.
Depois de dez anos de união, em 2019, realizou o sonho da esposa de se casarem na igreja.
Sua melhor resposta as para situações desafiadoras da vida era: "Deus proverá, não se preocupe".
"Você está bem? Precisa de alguma de ajuda? Eita! Eu estou aqui pra você não esquecer."
Passava a semana toda planejando, com o sogro, a fugidinha para a pescaria do fim de semana.
No dia em que o filho lhe apresentou seu namorado, Mãe Lucinda até dançou na chuva, de tanta felicidade.
Todos os dias acordava o filho com um bom café e demonstrações de amor.
Fazia “um cafezinho e puxava um dedo de prosa”, era seu jeitinho especial de receber as pessoas.
Deixou a lição de que a vida é muito curta para vivermos de remorso.
Com sua câmera, colete preto, técnica apurada e olhar amoroso, estava sempre pronto para capturar mais uma cena.
"Sou lá de Catingueira, na Paraíba, conhece?", dizia ele com o sotaque arrastado.
Generosa e dona de um coração nobre, Bete foi desenhada por Deus e muito amada pela família.
Sua mente funcionava como um GPS; se alguém se perdia em São Paulo, ligava pra ele e encontrava o caminho.
Não havia ninguém que ganhasse dele no jogo de damas.