Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Transformava retalhos de tecidos em lindas peças, que distribuía aos necessitados.
Os flashes de sua história sempre mostraram que Antônio foi ensinado pela existência a ser forte.
Trazia o amor a Cristo em suas atitudes e reverberava afeto com suas gargalhadas e seu delicioso bolo de cenoura.
Fazia tudo o que podia para ver sua família feliz.
Com amor, alegria e fé, foi uma presença marcante para todos que a conheceram.
No chão com os netos, no barco ou lendo nuvens no céu, seu olhar para vida era traduzido no belo sorriso.
Acolhia com seu sorriso sincero e lutava por moradia e saúde para os mais necessitados.
Seus olhos não avistavam maldade, pois seu coração era repleto de amor.
No exercício do Magistério, era acolhimento, principalmente, para os que não aprendiam com tanta facilidade.
Sorria com os olhos e com a alma. Sorria sempre.
A dureza da vida não amargou seu coração. Muito pelo contrário, a toda dor retribuiu com alegria e amor.
Estava sempre rodeado pelos dois cachorros, paparicados por ele como se fossem crianças.
Sem fazer alarde, praticou a caridade; assim, viveu feliz, fosse viajando, correndo ou pedalando sua bicicleta.
A felicidade para ele era sua Saveiro e o apartamento tão sonhado.
Era feliz com gente por perto, em casa ou onde quer que estivesse; e tinha rodinha nos pés, amava fazer visitas.
Ele tinha mania de ser bom: o que era dele, era de todos.
Um apaixonado pelos animais, ele cantarolava e os passarinhos cantavam de volta.
Viveu uma boa vida pescando, contando causos e ouvindo modas de viola no seu rádio.
Gostava de viver com gratidão e de aproveitar cada momento da vida como se fosse o último.
Ler o jornal sentindo a brisa da praia e brincar com os netos no mar estava entre as suas maiores alegrias.
Com sua simplicidade e afeto intenso, aprendeu e ensinou pela vida que é preciso saber dançar na chuva.
Adorava comprar roupas novas e não saía sem passar um batom.
"Quem manda na minha casa sou eu" era o lema de Dona Maria, a mãezona da vizinhança.
Amava os almoços de domingo na casa dos pais, de onde voltava sempre cheia de novidades pra contar.
Sempre com um sorriso no rosto, não dispensava uma boa prosa.
Sabia muito sobre caminhões e estradas do Brasil.
Apaixonado pelos netos e pela família, era fã de macarrão, churrasco e Amado Batista.
Um otimista, cuca fresca, que levava a vida com coragem e dando mais peso à felicidade do que às dificuldades.
Era um excelente contador de boas estórias.
Para toda situação, ela achava uma saída. Uma boa amiga, daquelas que todo mundo quer ter por perto.
Solícito, religioso, sociável e divertido. Era um arrancador de risos.
Gostava de contar suas aventuras de quando era jovem, em especial o quanto arrasava nas discotecas!
Tinha o coração mais puro e foi a pessoa que mais ensinou a dizer "eu te amo", tanto quanto fosse necessário.
Dizia que iria viver até os 100 anos...
Cultivar plantas era o seu sentido de vida; estar com os filhos e o neto era sua maior alegria.