INUMERÁVEIS

Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.

Osasco (SP)

Airton de Oliveira Pacheco, 67 anos

Gostava de curtir o calor com churrasco e cerveja, e sempre tinha uma trilha sonora especial.

Alcides da Silva, 65 anos

Cidão soube viver e demonstrar a importância da união da família. Para ele, não tinha coisa melhor que isso.

Altair Aparecido Ducini, 54 anos

Com nome e brilho de estrela, ensinou aos filhos o valor da humildade.

Ambrósio Pereira dos Santos, 57 anos

Ensinava: vamos orar, pois para Deus nada é impossível.

Anália Pereira Salgado, 71 anos

Alfabetizada aos 27 anos, reescreveu a própria história.

Antonio Carlos Azevedo, 42 anos

Alegre e brincalhão, era apaixonado por carros, que trocava num piscar de olhos.

Antônio Gomes da Silva, 80 anos

Amoroso com os sete filhos, superavô com os netos, um amigo e tanto.

Antônio Luiz Gonçalves Guimarães, 73 anos

Seu Antônio era quieto, mas no seu silêncio, exalava muita sabedoria.

Arcangelo Ravanelli Pedrosa, 50 anos

Viveu o amor intensamente, dedicando-se e protegendo todos.

Creuza Pereira da Silva, 88 anos

Tete gostava de jogar sueca com as amigas e de perder os brincos pela casa.

Dirce Caracho, 86 anos

Poetisa apaixonada por passarinhos, amava arrumar seus cachos e se perfumava todas as manhãs.

Dulce Rodrigues da Silva, 76 anos

Ela dava um jeito para tudo. Não media esforços para ajudar, e tirava do seu para dar a quem precisava.

Ed Carlos Kaizer Chaves, 43 anos

Viajar em família para Ibiúna ou fazer um bom jantar eram seus prazeres; o dom mesmo era dar bons conselhos.

Edilson Potye, 54 anos

Artista de alma simples, acordava todos os dias com sua amada nos braços e o gatinho enroscado em suas pernas.

Eduardo Vicente Bais, 60 anos

Fanático pelo Corinthians, era o tiozão do churrasco!

Elias Alves, 65 anos

Aos finais de semana, buscava o prazer das simples alegrias, como olhar o mar e caminhar pela areia.

Eulina Nascimento dos Santos, 61 anos

Era doce como seus bolos e trufas.

Gracinda de Castro Neves, 94 anos

Religiosa, só dormia depois do sussurro do Pai Nosso e da Ave Maria. Gostava tanto de fazer, como de comer um docinho de abóbora.

Henrique Celso Avelar de Jesus, 51 anos

Homem de coração gigante, nasceu para ser pai.

Idélcio dos Santos, 67 anos

Tinha uma Paraty verde e amava viajar nela, com suas meninas, até sua cidade natal.

Joaquim Pereira Neto, 74 anos

Nunca perdia a chance de preparar um bom churrasco.

José da Silva, 71 anos

A música tomava conta de si, fosse com a viola caipira de outrora ou com os cantos na Igreja.

José Plácido, 77 anos

Era só chegar... e já tinha um cafezinho esperando e um boa história pra contar.

José Tadeu Tardochi, 68 anos

Brincava como se fosse uma criança.

José Vilmar Souza França, 61 anos

Um cara com um coração enorme, que fazia o que podia para ajudar os outros.

Josil Araujo Costa, 52 anos

Com ele era só alegria, não tinha tempo ruim. Pacientemente encarava as dificuldades da vida.

Julio Cesar de Oliveira, 57 anos

Um homem de poucas palavras, muitas ações e sorriso fácil.

Jurandir Fernandes, 80 anos

A vida longa foi muito breve para um amor tão grande.

Laide Ferruzzi Bomtempo, 74 anos

Protetora da família, religiosa e amável. Além de querida por todos, era talentosa e uma fortaleza.

Lindomar Marques Viana, 50 anos

Ele e sua churrasqueira eram os responsáveis por manter família e amigos juntos e alegres.

Lourival dos Reis, 73 anos

Acreditava que oração de mãe cura: fazia suas preces e pedia a Deus que olhasse pelos seus.

Luis Carlos de Campos, 55 anos

De gênio forte e batalhador, tinha a música como ferramenta de louvor a Deus.

Marcos Carlos Tredezini, 78 anos

Sempre demonstrou amor pela família e pela vida.

Maria Aparecida Oliveira da Silva, 80 anos

"Bom dia, luz do dia!", assim chegava ela, sorrindente e feliz.

Maria Benedita de Araújo Moura, 59 anos

Com sua gargalhada contagiante, gostava de conversas demoradas e de jogar bingo com as irmãs até o dia raiar.

Maria de Lourdes de Moura Ferreira, 70 anos

Era muita mãe só para quatro filhos; então, Dona Lou era mãe de todo mundo que conhecia!

Maria do Carmo de Oliveira Araújo, 80 anos

Pessoa muito acolhedora, alegre e vaidosa. A família reunida e o Timão eram suas paixões.

Nanci Alves Ribeiro Aguiar, 53 anos

Era sorridente e gostava de comer bem.

Narciso dos Santos Vieira, 60 anos

Bigode era um homem trabalhador, generoso e de fé.

Nelcir Belisario, 60 anos

Um homem especial, que cuidava dos seus e gostava de tomar uma cervejinha em família.

Neusa Paula da Cunha, 70 anos

Zelou pela sua família como quem protege um tesouro.

Roberto de Lima Costa, 60 anos

Amava a vida e cantava: "Deixe a vida me levar, vida leva eu. Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu".

Rogério Olmos Petrich, 46 anos

Amante da vida, vivia intensamente o presente. Sua família foi seu bem maior e a ela dedicou todo o seu ser.

Sergio Ichiba, 48 anos

Colecionou sorrisos com o seu bater de pé ritmado ao som das músicas que mais ouvia.

Severina Eugênia da Silva, 78 anos

Negra e nordestina, foi mãe solo e morou na favela. Guerreira, enfrentava as dificuldades e amava viver.

Silvia Ivana Vieira, 57 anos

Dava um tom especial a grandes músicas e, em sua concepção, cantava melhor que os intérpretes.

Thayná Queiroz de Barros, 25 anos

Era apaixonada por girassol e, como ele, viveu de frente para a luz dos seus sonhos.

Waldir Luiz da Silva, 64 anos

"Vamos cantar para esquecer as mágoas, vamos brincar enquanto ainda podemos!" pedia ele.

Waldir Luiz Dias, 60 anos

Amava contar piadas e fazer imitações. Lula, Dilma e Clodovil faziam parte de seu repertório.

Whitney Suzine Aquino, 74 anos

Cativava qualquer pessoa para um papo mais longo, até mesmo nas ligações de telemarketing.

Zaunilte Oliveira Pereira, 69 anos

Amava festas, mas com pouco barulho. Era engraçada, animada e muito companheira.

não há quem goste de ser número
gente merece existir em prosa