Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Um português que se comovia ao relembrar passagens de sua terra de além-mar.
Gostava de apreciar as coisas boas da vida, olhar o mar e tomar uma caipirinha.
Orgulhava-se de ser o mais velho entre os seus. Gostava de cuidar de todos e era o orador oficial da família.
Como regulador de navios — o único no Brasil —, seu trabalho era requisitado mesmo depois de aposentado.
Fã de futebol, gostava de acompanhar todas as partidas que aconteciam, especialmente as do Santos.
Honesto e leal com as pessoas que ele amava. Marido, pai e avô apaixonado. O herói da família.
Em sua escola de idiomas e cursos profissionalizantes o lema era: garantir educação de qualidade para todos.
Uma casinha na beira da praia e pescar era tudo que ele queria, desde que estivesse ao lado de sua amada Lena.
Quem o conheceu sabe que viver foi sinônimo de luta para alcançar os sonhos.
Era conhecido como "Vô do Futebol" e "Arlindão Zagalo", pois parecia um treinador nos campeonatos e treinos dos netos.
Deixou um legado de alegria a todas as pessoas próximas.
Um guia de turismo apaixonado por viagens e que fazia jus ao nome.
Cuidou da amada com sorrisos e carinhos; deixava a escova de dente dela já com o creme dental, na pia, antes de se deitar.
Trazia nos lábios coloridos o sorriso daqueles que vivem intensamente, sem medo de ser feliz.
Fazia os outros rirem durante horas com seus segredos ao pé do ouvido que de discretos não tinham nada.
Entre livros e cafés, engatava boas conversas, e falava com orgulho de sua família.
Pró ativa e carinhosa, amava através de cuidados, palavras e gestos.
Tinha um jeito carinhoso e peculiar de chamar a todos" "bonitão" e "bonitona".
Passou a maior parte da vida na barriga da mãe. E ali dentro foi muito amado.
Levava alegria onde quer que fosse, fazendo sorrir cada um que se aproximasse dele.
Detalhista com a arte, divertido ao lado da família, bondoso na rua e na vida.
De muitas gírias, era pura alegria e risadas.
Gigio, como era conhecido, tinha o dom da comunicação. E era muito cativante.
Sua obra mais especial foi resgatar almas para Deus por meio de seu testemunho de vida.
Era um verdadeiro cavalheiro de tão educado; inclusive, era famoso por jamais ter dito um único palavrão.
Baby, uma mulher sensível.
Se dependesse dele, a vida seria para sempre uma festa.
Um pai espetacular, um marido sem igual.
"O peixe morre pela boca", dizia ele.
Como era belo esse sonhador que amava fazer planos.
Tinha prazer em unir amigos, por futebol e cerveja.
Conduziu a vida através dos remos, em direção à mais pura felicidade.
Fez de sua profissão um ato de heroísmo.
Por onde quer que passasse, destacava-se pela calma, generosidade e paciência.
Carrega nome de guerreiro: Jorge. Exatamente como ele era.
Ele era da arte. Como gesseiro, carregava talento nas mãos. Um exímio artista plástico.
Era um homem de amores, especialmente à família, à pesca, aos animais e ao bigode.
Tal qual mariposas em torno da luz, amigos se reuniam ao seu redor sem risco de se queimarem: ela aquecia corações.
Sempre contava alguma mentirinha, do tipo boba, e que já desmentia, na mesma hora.
Viveu para amar as netas e ser amada por todos.
Deixou inúmeros registros de uma vida íntegra e repleta de amor datilografados em sua "moderna" máquina de escrever.
Ficou conhecido como o velhinho do cabelo e bigodinho branco, que deixou saudade por onde passou.
Dedicado à saúde do próximo, conquistou o amor e o respeito de todos que o conheceram.
Vivia dizendo que não queria animal algum em casa, mas acabou se rendendo ao amor do cãozinho Zen Zen.
Como bom marinheiro, no mar descobriu um universo de aventuras e conheceu o amor verdadeiro em terra firme.
À beira do mar, pôde contemplar em paz uma vida de muitas batalhas.
Tocava sua guitarra como se fosse sua vida; o palco era pequeno demais para mostrar seu talento.
Amava incondicionalmente os filhos, para quem era um exemplo de como lidar com os percalços da vida.
Amava o Natal. Costumava enfeitar o lar como se fosse a casa do Papai Noel.
Nas tardes de quinta-feira, recebia os filhos com a mesa repleta de gostosuras preparadas ao gosto de cada um.
Ela tinha verdadeira paixão por bananas e, para agradá-la, bastava dar-lhe algumas de presente.
"Agora vou tomar meu café, apesar de acordar todos os dias na hora do almoço" era a frase que Maria mais dizia.
Impecável em tudo que fazia, era apaixonada pela família e pelo Natal.
Dona de um sorriso largo, igual ao seu coração, e de um abraço que confortava a alma.
Viveu sua vida sem incomodar ninguém. Tímido e reservado, para ele tudo estava sempre bem.
Fácil de conversar e de se encantar com suas inúmeras histórias e gargalhadas.
Em todos os sentidos, escreveu a sua própria história.
O que mais alegrava seu coração eram as viagens, estar junto da família e dos irmãos do Salão do Reino.
Apaixonado pela natureza.
A generosidade foi a sua grande virtude.
A vida lhe emprestará o nome como apelido, e como imperativo, VIVA!
Viveu um amor tão profundo pelo marido, companheiro desde a adolescência, que com ele se casou três vezes!
Anestesista admirado e respeitado, sua maior habilidade era despertar sorrisos.
Ele acordava antes de todo mundo e cortava as frutas para o café da manhã. Nunca via maldade nas pessoas.
Era uma taurina determinada. Uma mulher de inúmeras virtudes e qualidades, que amava ir à praia aos domingos.
Certa vez recebeu dois reais a mais por seus serviços, ao notar o engano, correu atrás da cliente para devolver o dinheiro.
Demonstrava seu amor pelos sobrinhos distribuindo guloseimas nas tardes regadas a sambas das antigas.
Ao som de Roberto Carlos, lidou com a saudade da terra natal em busca de novos sonhos.
Um homem cheio de amor, risadas e muitas histórias.
Gostava de cantar e dançar para alegrar os ambientes.
Vovó Rute... um exemplo de amor ao próximo.
Apaixonado pela esposa, era capaz de entendê-la com um simples olhar.
A alegria de viver era sua motivação para todos os dias.
Sua presença e voz forte jamais serão esquecidas.
De poucas palavras, mas nem eram necessárias. Seu sorriso falava por ele.
Cultivava com cuidado e carinho especial suas belíssimas samambaias.
Padeiro, pai, companheiro e amigo. Um brincalhão de coração bom e justo.
Poeta, escrevia cartas e bilhetes cheios de amor e com a caligrafia tão bonita quanto ele.
Mesmo ficando apreensiva para descer ou subir a serra para o litoral, desfrutava com alegria das viagens ao lado do seu grande amor.
Uma professora estudiosa que transbordava amor, garra, resiliência e dedicação.