Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Era a doçura no olhar, no coração e na vida de todos.
Sua alegria de viver se traduzia num gostoso pão de mel.
Não era só dentista, era criadora de sorrisos.
De tanta felicidade e amor que tinha em si, compartilhava isso com o mundo ao seu redor.
Comprava latinhas mesmo sem precisar, somente para ajudar as crianças mais carentes do bairro.
Construiu sua vida profissional no ambiente hospitalar e encontrou o amor em um baile, dançando ao som de Lionel Richie.
Tinha uma risada contagiante e sabia contar histórias engraçadas como ninguém.
Era um patriota nato com um coração gigante.
Uma verdadeira amiga. Um anjo na vida de todos os que a rodeavam.
Uma bisavó guerreira e de sorriso aberto, autêntica filha do interior da Bahia.
Autêntica, viveu a vida intensamente, curtindo os filhos, as micaretas e a companhia indispensável de Alessandra.
Dizia que não devemos odiar ou guardar rancor, e que, por mais difícil que seja, devemos sempre perdoar.
Exemplo de força e determinação, dominava com maestria os saberes e sabores ancestrais.
Cuidava do jardim da igreja com amor, acolhia os amigos da neta como avô e os seus próprios amigos como um pai.
Ele sempre agradeceu a Deus pela vida e por tudo que tinha.
Passou a vida distribuindo sorrisos e abraços.
Homem de alma revolucionária e dono de um coração maior do que lhe cabia no peito, deu a vida pela mãe.
O “Guardião dos Anjos”, médico pediatra que protegia até com as palavras.
Para ele, que era divertido e nunca tirava o sorriso do rosto, a família era mais que especial; e a filha, o maior bem.
Sonhava morar no rancho da família ao aposentar-se e amava deitar na rede para curtir os netos aos domingos.
De sua boca nunca se ouviu uma fofoca ou qualquer maledicência, só lições de vida que nenhuma escola é capaz de ensinar.
Cuidadoso consigo e com o mundo, todos os dias varria o quintal de casa e sempre que podia, lavava os carros da família.
A arte da vidraçaria era a identidade dele. Dela tirou o sustento e educou os filhos, sem jamais perder a leveza.
Não fosse a luz do lampião a iluminar as letras, no papel surrado, seria a lua, as estrelas, e um sonho.
Sempre atento às notícias, lia diariamente o jornal e ouvia rádio para se atualizar.
Como uma bússola que aponta o caminho, ela foi o Norte que guiou a família ao reencontro.
Discos de vinil e CDs eram o seu xodó de coleção, especialmente se fosse da Sandy.
"Você não é todo mundo!", "Porque não e pronto!", ela repetia.
Referência no ensino da Física, também era nota 10 nas matérias empatia e bom humor.
Amor, sorriso, carinho e atenção eram as suas marcas.
Toda semana pintava as unhas, sempre de uma forma criativa e única.
Uma pessoa muito divertida, tudo ela gostava de comemorar, filmar e fotografar.
Com fé, caráter íntegro e trabalho, conquistou sonhos e amou sua família e amigos.
Mesmo que fizesse pose de durão, entregava seu imenso coração através de seu olhar cheio de amor.
Fazia questão de preparar pratos, com capricho e amor, para todas as reuniões em família.
Quando estava feliz, dava uns pulinhos e se sacudia.
Quando foi pela primeira vez ao teatro, teve um ataque de risos ao ver um ator seminu no palco.
Jogador de dominó habilidoso, vibrava a cada partida que vencia.
Buscava no dicionário palavras pouco usadas nas conversas do dia a dia e, com elas, elogiava as irmãs e as sobrinhas.
Amava Turma da Mônica, livros de fantasia e tirar fotos com um sabre de luz nas estreias de Star Wars.
Um homem iluminado e de caráter irreparável. Avô que amava a família e era louco pelos almoços de domingo.
Livros e boa música compunham seus temas preferidos para conversar se conectar com as pessoas.
Não podia ver uma bola que na mesma hora saía mostrando seu talento no futebol.
Querida por tantos, Bebeth gostava de lembrar e contar histórias de família. Mãe e avó amorosa e sempre presente.
Grande em tudo o que fazia na vida familiar e profissional, gostava de celebrar a vida cercado de amor.
Uma baiana que era uma fortaleza; o pilar e o porto seguro da grande família Andrade.
Gostava de conversar e tinha muita clareza em suas ideias, como se tivesse pensado nelas por um milhão de anos.
Abria seu riso frouxo ao som de um bom pagode.
Cheia de vida e dona de uma risada incomparável e contagiante, adorava ler e aprender.
Seu grande sonho era dar a volta ao mundo em sua Kombi Quimera com a família.
Apaixonado pelas coisas simples da vida, capturava com sua câmera as belezas do mundo.
Ela despertava bem cedo, e com sua cantoria em agradecimento pela vida, também acordava todos da casa.
Extrovertida e dona de uma gargalhada única, Tia Neném adorava dançar forró, cozinhar, cuidar de sua família e de suas plantas.
Era tão querido pela família que até os sobrinhos o chamavam de "pai".
Fazia a trilha sonora das viagens a trabalho com a própria voz, cantando músicas católicas.
Duas palavras o definem: felicidade e otimismo.
Do trabalho com o vidro nasciam os sonhos: casa própria, viagem em família e aposentadoria na roça.
Aprendeu sozinho tudo sobre computadores. Era o "técnico de informática" da família e dos amigos.
Um exemplo de marido, pai, sogro, avô e bisavô que deixou suas marcas trabalhando na construção de Brasília.
Ensinou que o sorriso é sempre a melhor resposta.
Servidor do Exército Brasileiro, tinha prazer em contar histórias sobre suas missões. Honrou sua família e seu país.
Foi generoso com as pessoas e com a natureza.
Guerreiro, flamenguista e amante da boa música. Um sonhador que com suas conquistas ajudou toda a família.
Brincalhão e contador de histórias. Não perdia um jogo do Flamengo e nem os capítulos das novelas.
Seus olhos brilhavam ao contar lendas misteriosas às crianças, como a da embarcação que todos viram, mas que não estava lá.
Estudioso e um grande amigo, gostava de jogar bola nos intervalos das aulas.
Uma avó que enxergou, apoiou e apostou com alegria no potencial da neta.
Alegre, carismático, generoso, apaixonado pela família e pela vida. De espírito jovem, nunca deixou de sonhar.
Descendente de indígenas, contribuiu com a construção de Brasília; lá, aposentou-se como servidor do Senado Federal.
Tinha mania de anotar em qualquer papel as receitas de bolo que via na TV.
Apaixonado por motos, o motoboy adorava reggae e levava na garupa o desejo de estar perto da família.
Considerava como o ápice de sua vida ter encontrado e se casado com Neide, o seu grande amor.
Cortando cabelos, saiu da pobreza e criou três doutores.
Dona de um sorriso fascinante e de um amor incalculável.
Uma fortaleza bondosa que viveu para seguir os ensinamentos de Cristo.
Ele ouvia com o coração.
Representou, com amor, os rodoviários de Brasília e cantava uma moda de viola aonde chegava.
Sempre atenta aos números, contas, aniversários e telefones, sabia tudo!
Ensinou sobre a vida, espiritualidade e soube acolher como ninguém.
Levou a vida tricotando a união da família e temperando amor.
Tatuou no peito, junto com os filhos, o apelido da família: Os Boscos.
Um lorde na elegância e no bom humor.
Nas cordas do violão e no ritmo do cajón, ele criou memórias musicais inesquecíveis.
Um grande contador de histórias que tocava lindas músicas no violão e amava pescar com a família.
João Desbravador Tié, nome que representa sua coragem diante dos percalços na estrada dos sonhos. Saboreou a vida.
No seu coração, cabia o mundo. Foi um homem do bem.
Dedicava-se às boas conversas, sempre praticando a empatia, à costura de redes de pesca e à música sertaneja.
Semeou seus sonhos na chácara número 27, onde só colheu alegria.
Brincalhão, prestativo e cuidadoso, era notado por onde passava.
No seu silêncio, ele transitava com muita leveza entre as pessoas. Preferia ter paz a ter razão.
Desbravador, ajudou a abrir os caminhos da nova capital federal que se erguia.
Desenhava muito bem, sua caligrafia era uma obra de arte.
O maior torcedor e técnico do Topper Esporte Clube.
Ele sempre pedia reggae na rádio da Cidade Ocidental.
Vivia preocupado com o sustento e a saúde de todos, inclusive a dos animais da família.
O eterno cozinheiro dos Faria Carneiro, Zeca não hesitava em atender um pedido da família.
Quando ela chegava era como se uma luz se acendesse.
Depois que aprendeu a usar o celular, pegou gosto por enviar áudios carinhosos para os netos.
"Um homem grandão", de voz calma e passos largos e que já chegava de braços abertos.
O carismático general que conquistava o Exército e a conversa.
Se equilibrou entre honra, força, bondade e amor.
"Data venia", eis aqui o escritor de poesias mais sensível e o pai mais amoroso desse planeta.
Companheiro de viagem, leitor voraz sobre língua portuguesa, gramática e História do Brasil, e ainda amante da dança.
Onde chegava cativava a todos e, sem se importar com a opinião alheia, postava fotos e vídeos fazendo suas palhaçada.
Viva a Dona Rosa e seus 104 anos recheados de histórias e aventuras.
Apaixonado windsurfista, conduziu a vida ao sabor dos ventos, das pizzas e do amor às suas meninas.
Um homem correto e de palavra, pensava sempre nos filhos e em Laura, o único amor de sua vida.
Cuidou de todos à sua volta, sempre honesto e muito generoso.
Conhecido por seu bom humor, não passava despercebido em nenhum lugar: onde chegava, arrancava risadas.
Com seu incrível e doce soprano, quando cantava a Deus, se entregava em adoração a Ele.
Encantava sua amada com verdadeiras alquimias culinárias e, para que ele ganhasse o dia, bastava um elogio.
Muitas vezes foi pai até de quem não era filho dele.
Um sertanejo que venceu em Brasília, graças à força de seu trabalho, ao som das músicas que amava.
Estava sempre sorrindo, ajudando e brincando. Seu lema era "orai e vigiai".
Uma flor resistente que perfumou o cerrado com esperança e coragem.
Mãe de 13 e avó de 43, amava bonecas e fazia o melhor cuscuz do mundo.
Sinônimo de alegria para quem a conhecia. A mulher mais cheirosa do mundo exalava as cores da vida.
Como guerreira amorosa e taróloga renomada, foi luz e inspiração para todos.
Era fã das músicas do Padre Zezinho, e a sua favorita era “Um Certo Galileu”.
Cotidianamente tinha um dia especial para ligar para cada um e entregar um pouquinho de amor.
Tinha uma receita infalível para reduzir as calorias dos mais elaborados quitutes: "Pinga limão que não engorda!"
Ela era a alegria dos dias de seus familiares.
Zezé era temente a Deus e uma cozinheira de mão-cheia.
Contrariou e venceu todos os obstáculos, realizando projetos e sonhos.
Mariquinha era um doce de avó, aquela que fritava o melhor bife do mundo e fazia o bem, sem olhar a quem.
Fazia a mais deliciosa mousse de maracujá e foi a melhor matriarca que uma família pôde ter.
Mulher consagrada às alegrias e reveses de esposa e mãe. No jardim da família, uma rosa eterna de nome saudade.
Mamá era mestre na virtude de servir o próximo.
Craque na mecânica e nos gramados, mostrou que conhecimento também está no fazer.
Muito amorosa e vaidosa, era conhecida como "a senhorinha cheirosa".
Mostrou que, com garra, coragem e responsabilidade, os sonhos se tornam realidade.
Cantava e dançava na sala de casa enquanto pedia por chuva para aliviar o calor.
Era dono de um coração puro e de uma disposição incrível para fazer suas visitinhas costumeiras.
Sem posses e sem diplomas, lutou pela família e incentivou filhas e netos a jamais deixarem de estudar.
Cheio de talentos, conseguia consertar qualquer coisa orientando-se por vídeos que pesquisava na internet.
O décimo dos treze filhos de José e Maria. Ordinal sem ordem de importância, numeral só pra falar de amor.
Bastava um encontro, fosse aniversário ou reunião, para ele transformar em cantoria, batucada e carnaval.
Para comprar, vender ou locar imóveis, Pedro Otavio era o melhor e mais sorridente corretor de Brasília.
Tinha o coração do tamanho de sua fé e tratava todos por "irmãos em Cristo".
Apaixonado e amoroso, nunca se esqueceu da roupa que a amada usava quando se conheceram.
Sua alegria era contagiante, fosse nas frequentes partidas de dominó ou quando estava inteiramente dedicado a ajudar alguém.
Escolheu cercar-se de plantas, algo tão quintessencialmente belo e repleto de vida quanto ela.
Foi um exemplo de retidão e generosidade, estrela que brilhará para sempre no céu de sua família.
O cantor de voz grave realizava seu sonho de infância voando pelo céu do Brasil.
Com sua forma de ser e agir, ele era como uma corda que acionava a batida de muitos corações.
A mais bela Rosa que enfeitou os jardins da vida.
Em cada janela do Condomínio Living há um coração que lembra de ti com gratidão, querida Rose Meire.
Uma flor em forma de "mãinha", que enfeitava e defendia os seus.
Em seu braço tatuou a frase "Nunca foi sorte, sempre foi Deus", como símbolo da sua fé.
Viveu uma história pautada pelo trabalho, alegria e simplicidade.
Um guerreiro centenário.
Brincalhão, amoroso e íntegro. Tinha um coração generoso e ajudava em silêncio.
Sileide fazia um delicioso bolo de queijo repleto de sabor e afetividade.
Fazia piadas sobre os perrengues que a família enfrentara, como uma forma de levar a vida com leveza.
Baiana com alma de candango, viveu a cantar a vida e jamais recusou uma boa pamonha ou um saboroso pequi.
Amava sem medida, tinha o dom de guiar almas e virava mãe logo no primeiro abraço.
Com muito orgulho, mesmo depois de aposentado, conservava o crachá funcional dentro da carteira que carregava consigo.
Alegre e risonha, amava dar aulas e ouvir música. Acreditava na educação através do amor.
Um mestre do dominó que aproveitava os dias de festa para jogar com a família e com o melhor amigo.
Vitão era luz de bondade na vida de quem chegasse perto dele.
Realizou o grande sonho de trazer ao mundo seus três filhos.
Amava viajar e a motivação da sua vida era ajudar ao próximo.
Inspirou alunos e família pela dedicação à sala de aula e pela aprendizagem contínua que sempre buscou.
Saía escondido com os netos para comprar batatas fritas e beber um chope geladinho.
Para ele, se o coração estivesse precisando de acalanto, estava na hora de ir pescar.
Vaidosa, amava ser maquiada e fazer as unhas; depois, ninava suas bonecas como se fossem bebês de verdade.
Simples, humilde, prestativo, amável e feliz com vida.
Romântico, oferecia à sua amada as flores que colhia na vizinhança, e levava o café na cama para ela todos os dias.
Sustentado por sua humildade e sua fé, sonhou alto e conquistou seus objetivos.
Usou seu talento para ajudar outras mulheres a recuperarem a autoestima e para espalhar sua cultura e amor.