Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
De picolé a chocolate, nada era tão doce quanto o sentimento de Seu Adeildo pelos netos.
O seu brilho vinha do equilíbrio de ser um bom pai de família sem perder a alegria de menino.
Possuía o dom de falar com os olhos, como só as almas puras e grandiosas são capazes de fazer.
Tinha o dom de cativar as pessoas e era muito amorosa.
Como pai, voltava a ser criança; não importava o quão cansado estivesse, continuamente brincava.
Conquistava todos com sua alma de menino e sorriso fácil.
Do teatro à fazenda: um líder iluminado com projetos ousados que veio à terra para construir.
Alagoana arretada, Antonia criou cinco filhos praticamente sozinha. Com seu amor e fé, acolhia a todos.
Seu maior presente era ver a família mobilizada para ajudar o próximo.
Pacificador e generoso, com seu carro de boi ajudou muitas pessoas pelo agreste alagoano.
Reservado com seus sentimentos e sonhos, era muito família e acolhia a todos que precisassem.
Boêmio e sonhador, deixou a profissão de advogado e abriu um bar para reunir os amigos e cantar samba de raiz.
Seu Tonho amava forró, sorrisos e os apelidos que colocava em seus amados.
Adorava seu nome e era torcedor de coração do São Paulo e do CSA.
Não aceitava que o medo o levasse para longe do que acreditava. Lutava.
Não se contentou apenas em decorar lugares, teceu sonhos e decorou pessoas.
Dedicada aos seus alunos, empenhava-se para que todos aprendessem a ler e escrever perfeitamente.
Mulher guerreira, nunca desistiu dos sonhos. Conectada, não perdia um bom papo nem com as vizinhas.
Concretizou os ensinamentos mais honrados que um homem pode deixar em terra: amor, respeito e serenidade!
Benjamim, o mais jovem de uma família. A estrela do lado direito que vai brilhar.
Amava a vida, o mar e transmitiu sua paixão pela Odontologia aos filhos.
Uma mulher forte, que misturou felicidade, muito amor, bondade e deixou de lembrança um rastro de luz aos seus!
Cicera é arte, que foi ser abraçada sob o manto azul de Nossa Senhora.
Seus cozidos na panela de barro, fumegando sobre o fogão a lenha, eram de dar água na boca.
O lar que Dalva construiu transmitia a sua essência: alegria e acolhimento.
Entusiasmo, essa era a palavra capaz de traçar um desenho límpido da sua imagem.
Sempre que lhe perguntavam como estavam as coisas, dizia: “Melhor, só no céu”.
Conhecido por muitos pela sua forma única de bradar: Ô Glória!
Fã de um bom papo, gostava de reunir a família para provar seus quitutes.
Sua paixão pela natureza e fascínio pelas flores o levavam a se autodeclarar como 'Um Homem Flor'.
"O olhar sereno e o sorriso tímido guardavam o coração de um verdadeiro guerreiro".
Era irreverente e adorava uma piada. Acolhia todos com seu amor materno.
Apelidada de "florzinha do cafezinho", era feito semente forte, dona de uma felicidade enorme diante da vida.
"Deus é mais" era o seu lema para enfrentar a rotina diária.
"Minhas netas são os orgulhos da minha vida!"
Pessoa doce, dona de um coração gigante e de um lindo sorriso, amava os animais e sonhava em ter uma menina.
"E as novidades?" Se você alguma vez você ouviu isso dele, significa que ele realmente se importava com você.
Quando não estava na lida pelos seus, podia ser visto pescando e saboreando um bom cafezinho preto.
Um legítimo sanfoneiro nordestino, que dava seu recado ao mundo e deixa saudade, pelas notas de sua sanfona.
Carregava consigo a garra da mulher nordestina, arretada.
Adorava presentear a todos, mal sabia que o melhor presente era ele mesmo.
Um contador de histórias e cantor de rimas apaixonado pela profissão: motorista.
Brincalhona, quando era abraçada pelas filhas, logo desconfiava: "diz logo o que é que tu quer!"
Na luta diária, achava tempo e força para apoiar a todos que amava.
Cachorrão, como era carinhosamente chamado, sempre tinha uma palavra de apoio e um sorriso para oferecer.
Para Gerson, sempre era tempo de ver o sol se pôr dentro do oceano
Agora, a bossa nova de seu Gil foi ressoar em outro recanto.
A vida terrena é passageira, mas Gilson mostrou que ela pode ser repleta de amor.
Gil Lopes deixou os carnavalescos de Maceió cheios de saudade, mas levou sua arte para colorir o carnaval dos anjos.
Uma das poucas coisas que o deixava irritado era ver seus times do coração perderem.
Um tio generoso e parceiro, que garantia a alegria e os lanches nas reuniões de amigos de sua sobrinha, Gabi, em sua casa.
Transformou o futebol de botão em uma tradição familiar, passada de uma geração a outra.
O aroma de jasmim na varanda traz lembranças de Iasmin quando chega o verão.
Além de abrilhantar as serestas com sua dança, a empatia foi uma das grandes marcas deixadas por Lola.
Seu trabalho era iluminar a vida das pessoas.
Homem de fé, coração brando e uma generosidade imensurável.
A uruguaia mais brasileira que alguém já conheceu.
"Vamos sair, que o tempo é curto", dizia depois de longos plantões no hospital.
Devoto de Padre Cícero, todos podiam contar com sua fé; mobilizava correntes de orações para milhares de pessoas.
Temente a Deus, mantinha-se alegre na esperança, paciente em meio às tribulações e perseverante na oração.
Em muitos Natais, o Carinha presentou a família com uma mala de chocolates.; e esse nem era seu lado mais doce.
Um João da Guarda.
Todas as manhãs, antes mesmo do nascer do sol, fazia suas orações em intenção a toda família.
Na linha de frente contra a Covid-19, ensinou, sem usar palavras, o significado da palavra “doação”.
Espinha dorsal da família, não poupava esforços para prestigiá-los.
O anjo da guarda oficial das filhas, que colecionava talentos e cuja gargalhada gostosa sacudia a casa.
"O grande barato da vida é ser feliz!" era o que ele mais dizia.
Pai, avô e bisavô. Amante da vida, contador de histórias e "fazedor" dos poemas mais lindos que alguém já leu.
Sua alegria contagiante agora iluminará o céu
Prestativo, tinha prazer em tentar reparar até o que, muitas vezes, não tinha conserto.
Plantar era seu hobby preferido e, durante a vida, cultivou as melhores sementes: sua família.
Pai de 14 filhos e muitos netos, todos herdeiros de seu ótimo caráter.
Para aliviar a tensão do grupo, antes do show do amado coral, valia até uma performance de peruca ruiva.
– "Eu não sou seu pariceiro! Cadê a bênção?", costumava dizer.
Sinônimo de simpatia, Francisco era doce assim como Chiclete, seu apelido.
Dedicado à família e solidário à comunidade. Onde ele estava, sua alegria e carisma atraíam a atenção.
Pai dedicado e camarada, será sempre lembrado pela sua personalidade vibrante.
Profissional inteligente e comprometido com o serviço público. Foi também um fervoroso defensor da educação.
Símbolo de honestidade, amor e bom humor.
Militar do coração enorme e um vovô maravilhoso.
Dizia “eu te amo” com a mesma intensidade em que vivia seus dias.
Cantor nas horas vagas, interpretava Reginaldo Rossi com toda sua alma, animando as festas de família.
Fez da vida uma grande festa, espalhando seu bordão "Oh, céus!".
De coração enorme, sempre soube ver alegria nas coisas simples da vida.
A porta da casa estava sempre aberta; na mesa, um bolo quentinho era rotina.
Um amante da justiça e da paz.
Seu hobby era fazer lives para falar dos problemas de seu bairro.
Alma de criança, não parava quieto. Gostava de irritar sua filha Isabella e fazê-la gargalhar a todo custo.
Bondoso, humilde, humano, Boinho foi um paizão de generosidade no mundo.
Não tinha limites para fazer seus filhos felizes, a alegria deles era sua alegria.
Graças à sua insistência amorosa, a avó foi vacinada contra a Covid-19; ele era assim: a imagem da empatia em forma de gente.
Celebrava a vida pela gastronomia e amava estar entre pessoas queridas.
De sorriso fácil e lágrimas soltas, era feita de delicadeza e amor.
Inaugurou uma nova existência, repleta de comemorações felizes, ao encontrar o amor de sua vida.
Mulher de grande fé, gostava de cantar a música "Nossa Senhora".
A magia da leitura subtraía seus cansaços e tornava concretas as viagens mais fantásticas.
Churrasqueiro oficial da família, era ouvindo Zezé Di Camargo e Luciano que temperava a carne servida com amor.
A coragem a fez superar as derrotas sem perder o ânimo; a força e a solidariedade a tornaram uma referência.
Levou a vida como uma onda de surf, intensa e breve.
Adorava dançar e juntar a família e os amigos aos sábados para beber.
Justo, livre e solícito, ele sempre estava disposto a transformar sonhos em realidade.
Para a família, Luiz era sempre sinônimo de paz, relaxamento e leveza.
Doce e serena, ensinou os sobrinhos a ler no quintal de casa. Gostava de jogar dominó com os netos.
O "vovô-amor" de todos gostava de, em segredo, visitar lares de idosos e crianças, fazendo doações.
Um homem de fé, alegre e jovial que, além de defender os filhos, fazia todas as vontades deles.
Extrovertido, entusiasmado, brincalhão, vê-lo triste era uma raridade.
Professora de português, que recusava calculadora, Abigail fazia contas à mão.
Ensinou a temida Matemática com carinho e habilidade para seus alunos.
Não importava se te conhecia há um dia ou a vida inteira, ela estaria lá por você.
Renascia a cada dia, com cada flor, com cada oração.
Fã de Ariano Suassuna, Cida não cansava de se encantar com as peripécias de João Grilo e Chicó.
Mulher de sorriso largo, devota à Deus e a espalhar a bondade por cada lugar em que passava; essa era Irmã Maria.
Com passos sempre guiados pela fé, foi o maior exemplo da vida dos filhos.
Deixava o ar com aroma de Lilly, ao passar cantarolando uma canção do Raça Negra.
Todos a conheciam pelo bordão que ela amava usar para elogiar as pessoas: "Chique de doer'".
Cicera tinha um pé de amora. Toda vez que ele brotava, fazia questão de enviar as frutinhas pra sua neta.
No diploma dos netos, estão seus conselhos e esforços para ajudá-los a se formarem.
A família era o bem mais precioso para ela. Cuidava de todos, mas não esquecia de si.
Era uma fortaleza de mulher, dona de uma fé inabalável e um amor gigantesco pela família e por sua terra.
Fazia o melhor bolo e o cafezinho mais saboroso, porque nunca faltou o ingrediente principal: amor de mãe e de avó.
Dona da feijoada mais gostosa do mundo. Na sua casa, não faltava carinho e uma boa história para compartilhar.
A devota de Padim Ciço era leve e doce com todos que a conheciam.
Sua festa do casamento aconteceu uma quinzena antes da chegada do juiz; é que era amor demais para esperar.
Tia Cremosa, das pernas bonitas, dos canudinhos de papel e que quando era contrariada, dizia: “Que gracinha!”
Mulher livre de preconceitos e que se preocupava com o bem-estar de todos; conversar com ela era um enorme prazer.
Não há como ver uma praia e não lembrar dela.
A professora querida, com seu legado de fé, um coração generoso e um sorriso acolhedor.
Seu sonho era ser mãe, e ela foi uma mãe fora do comum.
Sempre forte, sorridente, altiva e muito fervorosa.
O coração generoso e a força foram a sua herança para os filhos.
Quando não estava zanzando por aí com sua Belina, passava o dia mimando seus gatinhos como se fossem crianças.
Todos os dias acordava seus seis filhos com um bom-dia reconfortante, pelo aplicativo de mensagens.
Mulher forte e guerreira, aguentou firme e obteve sucesso em seus desafios.
Ela sempre guardava um beijú para o neto comer, pois sabia que ele adorava.
Ensinou que a vida é boa e que rotina guarda uma beleza singular.
Muitas vezes provou que era um grande guerreiro. O seu coração foi uma casa de portas abertas.
Uma luz que deixava iluminada a vida de todos.
Excelente costureira, enfeitou todas as meninas da família, suas Barbies e o coração de todos que a conheceram.
Tinha alma de guerreiro e era um fã nato do forró de Caruaru.
Sua forma de cuidar dos pacientes era tão encantadora, que inspirou a filha a trilhar o mesmo caminho profissional.
O legado do Padre Nilton é o amor que proferia em forma de palavras.
Sua risada continuará contagiando todos que o conheceram.
Paulo brincava que era casado até no sobrenome e não poupava elogios para a família que construiu com Morganna.
Era capaz de ficar horas a fio sentado à mesa da cozinha, conversando, sem se cansar.
Estar de bem com a vida sempre foi sua melhor opção.
Assim como seu pai e seu santo de devoção, São José, ele era marceneiro.
Forte e decidida, viveu conforme os próprios propósitos, sem nunca esquecer do bem coletivo.
Com espírito aventureiro, apoiava, incondicionalmente, os sonhos da sobrinha.
Coração samaritano, chorava ao sentir a dor do outro.
Fã do Padre Fábio de Melo, guardava os ingressos dos shows como recordação.
O dono do violão que encantava o mundo nas festas rodeadas de poetas, cantores e de seu grande amor, Lavínia.
Para ele a vida era boa como a música e o Fandango. Levava alegria para todos os moradores do Pontal da Barra.
Era um pai amoroso não só para os filhos, mas para qualquer pessoa que cruzasse seu caminho
Apaixonada por mandalas, sua arte vinha do coração e perpetuava entre os seus.
Sua paixão pela arte foi nutrida desde pequeno, quando era levado por sua mãe para participar de programas de auditório.
Ele falava sobre seus sonhos de forma tão profunda e vivaz que todos ao redor sentiam vontade de imaginar algo novo com ele.
Se importava tanto com pessoas, que liderou o desenvolvimento de um aplicativo para ajudar mulheres vítimas de violência.
Sempre alegre, gostava de estar bem-vestida, maquiada, cabelos penteados e arrumada.
Guerreira e forte como as mulheres paraibanas, deixou um legado de orações e devoção.
Resiliente, abria portas para a superação.
Carregava em si a sabedoria de quem compreende o tempo das coisas.
Com recados encorajadores nas redes sociais, Teresa trouxe o quanto pôde seu amor aos outros.
Tereza, Terezinha, madrinha, amiga, conselheira, guia... a conhecida e inesquecível tia Teca.
Mulher, mãe, médica e mãe de 11 pets, sua missão era cuidar de todos com carinho e dedicação.
Era admirado pelo senso de responsabilidade e acolhimento com o próximo.
O maior entendedor de pássaros da região. Era alegre e conversador.
Mulher forte e guerreira. Sua generosidade foi sua maior qualidade.
Deixou o legado do afeto desprendido aos filhos, sua maior realização, seu maior orgulho, sua vida.
Sua marca era a alegria e seu lema era fazer o certo.
Flamenguista e regatiano. Empatia e generosidade... Tudo nele era mais de um!
Professora aposentada, passou anos cuidando de crianças com deficiência e era apaixonada pelo que fazia.