1952 - 2020
Conquistou tudo sozinha, com o fruto do seu trabalho e primava por manter a família unida.
Dona Tereza, como era carinhosamente chamada, trocava as letras de algumas palavras e isso a tornava uma pessoa muito carismática.
Cozinheira de mão cheia, tinha como meta vencer na vida e de empregada passou a ser sua própria chefe. Talentosa em tudo que fazia, construiu sua casa e criou seus filhos Roberto e Márcio. Casou-se uma única vez, mas se divorciou e vivia um affair de 20 anos com o Patrício.
Apaixonada pela família, amava as reuniões familiares. Era a mãezona de todos, sempre amorosa e pronta para amparar e cuidar. A simplicidade com que cuidava da mãe e dos netos fazia tudo parecer muito mais fácil. Foi um exemplo a ser seguido.
Exagerava as histórias que contava, fazendo com que elas se tornassem muito mais interessantes e divertidas. Nas horas vagas adorava assistir filmes e fazer palavras cruzadas.
Por ser uma grande estrategista, era a solução de problemas em pessoa e todos procuravam por ela quando precisavam resolver algo.
“Em todas as datas comemorativas, após uma refeição farta, ela fazia a 'galinha gorda' de chocolates. Adultos e crianças acabavam participando e fazendo muita bagunça. Sentíamos a obrigação de comprar uma caixa de chocolates para a galinha ser bem gorda. Ela sempre pedia para alguém filmar e mandar o vídeo para o WhatsApp dela”, recorda carinhosamente a nora Cátia.
Ajudou a criar os irmãos e sobrinho, se dedicou na boa criação dos filhos e se orgulhava por seu caçula ter vencido uma enfermidade quando criança. Mulher forte e guerreira, lutou pela vida até o fim!
Terezinha nasceu em Conceição do Coité (BA) e faleceu em Salvador (BA), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela nora de Terezinha, Cátia Laranjeira. Este texto foi apurado e escrito por Lucas Cardoso, revisado por Rosana Forner e moderado por Rayane Urani em 5 de junho de 2020.