1978 - 2021
Como pastor em uma cidade do interior paranaense, sentia-se pleno em espalhar a palavra de Deus para as pessoas.
Ele era carinhosamente chamado de "irmãozão" pela caçula Evelin, que fala com carinho como era a relação entre os dois: “Ele era extremamente importante para mim! Todos os dias me levava café na cama quando morávamos na mesma casa. Eu me recordo do cuidado e da dedicação que teve sempre comigo e de quando ele ia às minhas apresentações da escola. Nessas ocasiões, eu entregava flores e bombons para ele, já que nossos pais trabalhavam incansavelmente e não podiam comparecer".
Ele era amável e prestativo, um irmão incrível. Sempre cuidou muito de mim, fazia sempre o seu melhor. Era muito amoroso comigo e com os sobrinhos. Durante momentos difíceis que vivi, foi ele quem sempre se manteve ao meu lado, me ajudava em todas as coisas e para quem eu ligava chorando para desabafar e pedir orações. Enfim, ele era meu alicerce! Naquele momento, ele foi o único que esteve todo tempo ao meu lado: orava pela minha vida, me ouvia atentamente e se manteve prestativo às minhas necessidades e às dos meus filhos. Graças ao acolhimento que ele me dedicou, tive forças para superar essa fase.”
Daniel era a calmaria em pessoa. Gostava de se reunir com a família para churrascos e para ver o seu time do coração, o Paraná Clube. No entanto, por ser muito envolvido com a religião, não era um torcedor tão participativo. A irmã Evelin, torcedora roxa do Atlético Paranaense, costumava implicar com ele e dizer que deveria trocar de time, ao que ele sempre respondia: "Nunca! Eu morrerei paranista".
Atuava como segurança de um estabelecimento, mas também já trabalhara em uma casa de eventos. Extremamente responsável, passava a noite toda no trabalho. Depois que se mudou para uma cidade a 30 quilômetros de casa, gostava de levar os pais para comer pizza e passear com os sobrinhos no "shopping". Ele tinha o sonho de morar novamente em Curitiba.
Muito fiel e temente a Deus, estava sempre disposto a ajudar. Nas horas vagas, tinha muitos afazeres como diácono e se dedicava com afinco a pequenos serviços na igreja em que congregava. Para ele não existia felicidade maior do que servir ao Senhor e aos outros.
As memórias afetivas de Evelin em relação a Daniel se multiplicam no seu relato: “Existe um fato que sempre me faz sorrir quando me lembro: na minha adolescência, o Daniel ouvia bastante rádio, principalmente aquele programa Love Songs. Por causa disso, volta e meia, eu brigava com ele e dizia que ninguém merecia ouvir aquelas músicas melosas. Acabávamos dando gargalhadas da situação. Hoje, sou eu quem as escuto e todas as vezes me lembro dele".
“Por ele ser muito religioso, existem alguns hinos que me fazem rememorá-lo. A canção "Porque ele vive", interpretada pela Harpa Cristã, é uma das que eu mais escuto. Inclusive, cantei essa música em homenagem a ele no dia de sua cremação.”
“Ele era uma pessoa incrível, um irmão maravilhoso e alguém de quem sinto falta diariamente. Ele me ensinou a sempre confiar em Deus e acreditar em um amanhã melhor. Nossa ligação será eterna, além do infinito”, conclui Evelin.
Daniel nasceu em Curitiba (PR) e faleceu em Curitiba (PR), aos 44 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela irmã de Daniel, Evelin Danieli Roza. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 18 de novembro de 2022.