1935 - 2020
Devoto de Santo Antônio, abraçava a todos com muita fé e com muito amor.
Sempre bem-humorado, Plepléco, como era conhecido na cidade de Borba, se preocupava com o bem-estar de todos ao seu redor, de familiares a amigos.
Com a esposa Joana Moreira de Castro, com quem foi casado por 60 anos, teve seis filhos, sendo cinco mulheres e um homem: Rosami, Rosana, Rosália, Rosilene, Rosilândia e Raymond, e fez questão de que todos tivessem o nome começando com a letra R, como o dele. Não fazia distinção entre os filhos e se dava muito bem com todos. Teve ainda 16 netos e 17 bisnetos. Criou uma família grande e unida, deixando seu legado de carisma e alegria para cada um dos herdeiros.
Gostava de festas e dificilmente negava um compromisso, principalmente os da igreja de Santo Antônio, o padroeiro da cidade, do qual era devoto. Nos festejos do padroeiro e também nas procissões, tinha um papel importante, pois participava ativamente tocando pandeiro, instrumento que era sua "marca registrada". Além disso, também dançava nas festas, sem se importar com a idade.
Sempre fiel à sua religião, criou os filhos ensinando-os a crer na "palavra de Deus" e não gostava de pessoas falsas e mentirosas, mas até mesmo ela Raimundo conseguia amar.
"Ah, o bisa era um homem alegre, extrovertido, que animava qualquer um com seu jeito amável e engraçado", diz a bisneta Kamilla.
Raimundo não deixa só saudade em todos que conviveram com ele, mas também uma lição de vida: viver intensamente até o último momento, lutar pelo que se deseja e, acima de tudo, amar sem distinção!
Agora o pandeiro silenciou!
Raimundo nasceu em Borba (AM) e faleceu em Borba (AM), aos 85 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela bisneta de Raimundo, Kamilla Leal Ribeiro Colares. Este texto foi apurado e escrito por Alessandra Capella Dias, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 13 de setembro de 2020.