1933 - 2020
"O bem se paga com o bem, e o mal também se paga com o bem". Esse foi o seu legado de amor e empatia.
Mulher forte, vaidosa, caridosa e batalhadora. Amou e foi amada, intensamente.
Dona Olga era um ser iluminado, dona de um sorriso deslumbrante e de uma voz tão doce, que era capaz de tranquilizar qualquer um com suas palavras, sempre positivas.
Mãe de duas filhas de sangue, Roseli e Eliane; e de tantos outros filhos do coração, os quais, com seu amor e carinho infinitos, tratava como família. Avó de quatro mulheres e bisavó de nove, sempre cuidou de suas meninas com o mais puro amor e jamais deixou de acolher seus genros, como filhos queridos.
"Minha vó era uma das pessoas que eu mais amava na vida. A ela, confiava meus segredos, meus sonhos, meus projetos... Sempre que precisava de uma oração forte, era a ela que eu recorria. Sua fé era inabalável e sempre nos ensinou o quanto Deus está acima de todas as coisas", diz a neta Daniele.
Com alma jovem, Dona Olga jamais se sentiu velha. Suas idas semanais ao salão de beleza refletiam não somente seu cuidado com os cabelos, mas também seu carinho peculiar com o espírito juvenil que possuía, o qual jamais deixou de avivar. Sua alma de moleca sorria de orelha a orelha quando brincava de peteca com os netos e bisnetos.
Adorava presentear as pessoas, mas sempre com um pouquinho de suspense na hora da revelação, é claro. Por isso, antes de entregar os presentes, Dona Olga sempre dizia "abra a mão e feche os olhos". Podia ser o presente mais simples do mundo, mas enchia os netos e bisnetos de alegria, porque junto da caixinha, envolta em papel de embrulho, vinha seu amor puro, intenso e genuíno.
"Sentiremos tanta saudade, que é imensurável o vazio que estamos sentindo nesse momento. Ela deixou um legado de amor, luz, empatia, humildade, caridade e amor ao próximo. Vó, te amei, te amo e te amarei eternamente. A senhora é a minha joia rara."
Francisca nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 87 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela neta de Francisca, Daniele Carolina Moraes Sepulvida. Este tributo foi apurado por Viviane França, editado por Letícia Fortes, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 28 de julho de 2020.