1948 - 2020
O dono do violão que encantava o mundo nas festas rodeadas de poetas, cantores e de seu grande amor, Lavínia.
Apaixonado por Baden Powell e Yamandu Costa, Robson tinha a música como caminho pela longa estrada chamada vida. Desde cedo, o recifense entrou em contato com o violão, seu instrumento de maior intimidade, chegando a compor mais de 100 canções ao lado de Paulo Baiano, seu grande amigo de infância.
Na adolescência, foi para São Paulo continuar os estudos e lá trabalhou por 18 anos da Crusoé Discos. A loja de vinis era o seu paraíso e, por conta disso, ganhou entre os amigos o carinhoso apelido de Crusopé — porque, dizem que, às vezes, trançava as pernas depois de tomar umas a mais.
Mas o que Robson amava mesmo era Lavínia, sua esposa, que conheceu também através da música. Mais especificamente, nas rodas de chorinho e samba que frequentavam e onde se tornaram amigos, em 2005. Oito anos depois, o amor floresceu. Crescia assim, uma casa rodeada de companheirismo, carinho e muita arte. Por ali, diversos amigos passaram. Poetas, músicos, cantores... Todos, em momentos dedilhados pelo mágico violão de Robson.
“Sempre, onde estava, ele falava em mim e na nossa história”, diz Lavínia. Esse era o amor e carinho que caminhava ao lado de Robson. E isso não era apenas direcionado à sua esposa.
Por adorar fazer amigos, conversava sobre tudo, principalmente música e futebol, mais especificamente: o Corinthians. Com essa alegria, compôs solos e harmonias nos acordes do violão, cuidou de quem amava e deixa as melhores lembranças aos seus. Assim era Robson.
Robson nasceu em Recife (PE) e faleceu em Maceió (AL), , vítima do novo coronavírus.
Jornalista desta história Agnes Vitoriano, em 25 de junho de 2020.