Gesival Silva dos Santos

1958 - 2020

Engraçado, teimoso e muito amigo.

Esta é uma carta aberta de Petter, Dayanny e Danielle para o pai, Gesival:

Quando nosso pai faleceu, descobrimos o quanto ele era generoso. Todas as pessoas que vieram nos dar uma palavra de conforto diziam: "Seu pai me ajudou".

Ele era especial, parecia uma criança grande e mimada. A gente nunca sabia se estava rindo ou chorando, chegava a ser engraçado. Ele se emocionava com coisas bobas e, enquanto estávamos rindo, lá estava ele com um sorriso no rosto, mas se debulhando em lágrimas.

E ai de quem dissesse que era ele, vestido de Papai Noel no Natal! Ah, pai... Temos muito orgulho de você como pai, pelo avô que se tornou e, sobretudo, de dizermos que somos filhos do Silva.

Amava, acima de tudo, seu papel de pai ─ era como um dom para ele. Gostava de saber onde cada um dos filhos estava e também gostava de estar por perto. Em diversas ocasiões, presenciamos seus comentários cheios de orgulho em relação aos nossos irmãos e, todos sabemos que ele falava assim de cada um de nós.

Apesar de sermos filhos, considerávamos que ele era nosso amigo, pois ia para todo lugar com a gente e se divertia com isso. A companhia dele era a melhor! Ah, pai... Quanta falta você faz! Nós te amamos.

É isso que nós, filhos de Gesival Silva dos Santos, sentimos por esse grandão. Ele nos ensinou muita coisa e, com três adolescentes querendo a casa sempre cheia de gente, sem nenhuma seleção de quem entrava, pois o que queríamos mesmo na época era que todos fossem para lá, que entrassem em casa... Então, ele costumava nos dizer que "um bom dia, boa tarde e boa noite bem dados não precisavam entrar em casa". Ele dizia essa frase várias vezes.

Hoje, já adultos, entendemos que o lar é o nosso castelo e outros tantos conselhos sábios dele. Ele apenas esqueceu de nos ensinar a viver sem ele.