1956 - 2020
Seus telefonemas eram sinônimos de alegria, amor e sabedoria.
Era cheia de amor pela vida. Dona de uma força gigante e sempre disposta a ajudar quem precisasse. Tinha o dom de transformar tudo em alegria.
Também tinha a mania de ligar para todos os parentes, saber como estavam e oferecer seu colo. Sua alegria era tamanha a ponto de não demonstrar nenhuma negatividade. Era daquelas que se comunicava com todos, “desde o leiteiro ao prefeito”!
Foi mãe de três filhos e três netos. Inclusive, no meio da pandemia nasceu a pequena Olívia: sua neta, a caçulinha, a quem prometeu fazer de tudo para conhecer. Infelizmente, não teve tempo.
“Todas as noites ela pegava seu telefone e ligava para os filhos e parentes. Nem que fosse pra dizer que estava ali pra qualquer coisa. Mesmo sua carga sendo tão pesada. De repente o seu prefixo deixou de aparecer na tela do nosso celular. E assim vamos esperando, dia após dia, esse telefone tocar na esperança de que a ligação ecoará dentro de casa. O que nos restam são seus últimos áudios de zap dizendo pra ficarmos bem e agradecermos a vida, porque, como ela dizia, a vida que segue”, relembra o filho Júnior.
Ela foi um exemplo de mulher. Uma fonte inesgotável de amor, sabedoria e cuidado. Seu legado será sempre lembrado. E os risos, arrancados a cada ligação feita, estarão sempre presentes. Servindo como força e inspiração para os que aqui ficaram.
Verônica nasceu em Timbaúba (PE) e faleceu em Recife (PE), aos 64 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado Filho de Verônica, Júnior Soares. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Thiago Santos, revisado por Juliana Holzhausen e moderado por Rayane Urani em 16 de agosto de 2020.