1937 - 2020
Com carinho, alegria e amor, sempre pedia um beijo.
"Prefiro acreditar, mãe querida, que papai veio te buscar porque não conseguiu ficar sem você. Ele te amava muito! Mas como não te amar, mãe?", disse sua filha Beatriz.
Como não amar...
Seu sorriso lindo e contagiante?
Sua constante alegria?
Sua generosidade?
Seu olhar de orgulho, alegria e amor?
Seu eterno carinho e aquele seu pedido de sempre: "Me dá um beijo?"
Uma mãe que, mesmo eu já beirando os 60 anos, me olhava e dizia: "Minha filhinha querida".
Como não amar...
Uma mãe e avó que nunca mediu esforços para ter a família reunida?
A avó que esperava as férias com o coração repleto de alegria pela chegada dos seis netos, preparando as delícias de que eles tanto gostavam, como craveiro e torta de limão?
Sua casa, que nunca foi só sua, mas também nossa? Lá sempre teve lugar para todo mundo.
Seus telefonemas diários, geralmente à noite, para perguntar se estávamos bem e como tinha sido o nosso dia?
Como não amar...
O Natal com a árvore cheia de enfeites, a maioria feitos por você, para nos esperar?
Aquela mesa na cozinha onde as festas terminavam?
Suas perguntas que, de tão indiscretas, se tornaram um folclore familiar?
"Mãe, só temos uma maneira de fazer jus à sua memória: continuar amando como você nos amou e mantendo nossa família unida pra perpetuar a sua alegria entre nós. Bom saber que Fábio e Marcos hoje estão com você. Obrigada, mãe, por cada dia a seu lado. Te amo pra sempre!"
Carmen nasceu Niterói (RJ) e faleceu Niterói (RJ), aos 83 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Danylo Martins, a partir do testemunho enviado por filha Beatriz Rego Barros de Vasconcellos Dias, em 19 de maio de 2020.