João Gabriel Oliveira

1956 - 2020

Seu ano mais feliz foi 1994: o ano do nascimento do primogênito e do tetracampeonato do Brasil na Copa do Mundo.

Sempre havia espaço para mais um no coração de João Gabriel. Muito calmo, era uma pessoa exemplar, admirada e querida por todos. Não hesitava em estender a mão e ajudar quem precisasse: familiares, amigos... Mesmo sabendo que não poderia abraçar tudo, continuava e, como ele mesmo dizia, "fazendo sua parte para um mundo melhor".

João era motorista e orgulhava-se em dizer que nunca faltou, nem se atrasou nos vinte e oito anos em que trabalhou para a mesma empresa. No emprego, passava por muitos lugares, conhecia muitas pessoas — e cativava todos com seu jeito simples e bem-humorado. Por onde andava fazia amizades. E, por causa de sua generosidade, os que o conheciam lhe chamavam de "paizão".

E ele foi mesmo um paizão. Vivia em função de proporcionar o melhor para a esposa, com quem quase completou cinco décadas de felicidade, e para os três filhos. O ano mais feliz para João foi 1994: além do nascimento do primeiro filho, depois de um longo tratamento da esposa, foi o ano que trouxe o tetracampeonato do Brasil.

Torcedor fervoroso do Flamengo e da Seleção Brasileira, era apaixonado por futebol. Vibrava a cada conquista e campeonato conquistado por seu time do coração. Quando o filho mais velho decidiu torcer para o Palmeiras, apesar do incentivo de pai para que seguisse seu exemplo e se tornasse flamenguista, só faltava João chorar. Mas a rivalidade desaparecia perto do imenso amor que nutriam um pelo outro.

João Gabriel deixa incontáveis saudades e terá sempre um lugar em todos os corações que tocou com seu carinho e generosidade. Seu exemplo, seus ensinamentos e seu legado de bem, generosidade e amor serão lembrados por aqueles que dividiram a vida e os bons momentos com alguém tão especial.