1952 - 2020
Apressada e com urgência de viver, tinha vontade de estar sempre viajando.
São muitos os substantivos e adjetivos que definem e qualificam essa mulher. Comecemos por alguns substantivos: Cleide foi esposa, mãe, avó e amiga. Talvez esses substantivos não a diferenciem de tantas outras esposas, mães, avós e amigas. O que a diferencia são os adjetivos que se juntam e se misturam com verbos e viajam nas lembranças dos familiares e amigos, tornando Cleide viva nos corações, fazendo Cleide única. “Ela era incrível”, afirma a filha Andreza.
Além de substantivos e adjetivos, Cleide se constituiu em verbos, afinal, são eles que identificam o fazer, o agir, o ser. E ela fez muito! Cozinhou, viajou, amou, ajudou! Aliás, segundo a filha, “ajudar era o verbo preferido dela”.
Uma mineira que cozinhava muito bem. Humm, alguém consegue imaginar os aromas, as cores e os sabores?
Essa viagem na imaginação das letras para conhecer ou recordar Cleide traduz bem o seu gosto: ela adorava viajar. “Tinha vontade de viver viajando por aí”, conta Andreza. Viajar significa movimentar, sair, conhecer, apreciar, ampliar a vida! Essa era Cleide: “uma mineira apressada com tudo, que tinha urgência em viver”, declara a filha.
E, para finalizar essa homenagem, um verbo difícil de definir e, tão gostoso de sentir: amor! Cleide “amava as quatro netas”, lembra Andreza, assim como a família e os amigos a amavam e registram com amor essa homenagem.
Cleide nasceu em Poços de Caldas (MG) e faleceu em Poços de Caldas (MG), aos 68 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Cleide, Andreza Dumas Neves Pilon. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Denise Stefanoni, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 15 de dezembro de 2020.