1974 - 2020
Divertido que era, gostava de contar histórias alegrando e encantando quem pudesse ouvir.
Ademir era o alicerce da família, um grande companheiro para a esposa e um pai incrível para os dois filhos.
Sempre se preocupou com os pais, irmãos e amigos. Sabia que a felicidade mora nas coisas simples da vida. "Era um pai de família dedicado e um esposo amoroso", conta Pricila, companheira de Ademir por quase duas décadas. Juntos, o casal exemplar construiu uma linda história de amor e respeito e sempre enfrentaram com força as dificuldades da vida, davam sempre um jeitinho de seguir em frente e recomeçar. Assim, os dois, que eram considerados "unha e carne" nunca se deixavam abater.
Apaixonado por futebol, era flamenguista fanático e amava levar os filhos ao Maracanã para verem de perto as partidas do time rubro-negro.
Ademir enfrentou um sério problema nos rins como um guerreiro. O transplante estava prestes a acontecer quando contraiu o vírus, mas ele nunca pensou em desistir. Isto fazia parte da natureza intensa e determinada de Ademir.
Além de ter sido uma pessoa incrível, ele era sábio, amoroso, doce, divertido e único. Era querido por todos que tiveram a oportunidade de conhecê-lo e de aprender algo com ele.
Deixou saudade em todos os corações por onde fez morada, e foram muitos! Sem ele, o Flamengo perdeu um pouco da sua imensidão e a família perdeu muito do seu alicerce. O torcedor encantado e o homem incrível deixou toda essa saudade, mas deixou também muito de amor e afeto, na intensidade que só Ademir poderia deixar.
Ademir nasceu em São João de Meriti (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 45 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela esposa de Ademir, Pricila Portela Paranhos da Silva. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Bárbara Aparecida Alves Queiroz, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 30 de junho de 2021.