1954 - 2020
Um homem amoroso e carinhoso, encantava a todos com sua bela voz.
Osvaldo foi um pai e marido amoroso, além de ter muito carinho pelos netos, era um avô babão. Único homem entre cinco filhos, veio da Bahia com a família aos 8 anos. A palavra que o definiu: Amor.
Sempre que podia, gostava de viajar, mas tinha que ser de carro, pois assim registrava melhor cada segundo de sua viagem. Baiano arretado, amava suas origens.
Era o carinho e a irreverência em pessoa, dono de uma linda voz. Religioso, cantava e encantava todos na igreja e fora dela. Gravou uma música para o CD "Um Canto Novo", da Paróquia São Francisco de Assis - Valo Velho, da zona sul da cidade de São Paulo.
Um homem alegre e que cativava as pessoas por onde passava. Apaixonado por música, era fã da banda de rock Creedence Clearwater Revival: “Amava rock’n’roll e tinha uma das mais belas vozes que já ouvi”, conta sua sobrinha Verônica.
Amava futebol, torcedor roxo do Santos. “Era fiel até nos momentos ruins de seu time... e ai de quem falasse algo contra, tinha as respostas na ponta da língua”, lembra com humor sua filha Angélica.
Trabalhava como técnico em eletrônica. Foi casado por quarenta e três anos. Construiu uma linda família, cuidou dela até o último momento. Deixa a amada esposa, quatro filhas, cinco netas e um neto.
“Com a chegada da pandemia, passou a ficar dentro de casa. Deixou a família, amigos e uma paróquia inteira com saudades e sentindo sua perda. Era o amor no olhar, no coração e na vida de todos”, relata Angélica.
Ao mesmo tempo que era brincalhão e pregador de peças, era também carinhoso e chorão ao extremo. “Amou com todo o coração esposa e suas quatro filhas e era o vovô com açúcar que todos gostariam e deveriam ter nessa vida”, conta Verônica.
Osvaldo conseguia dizer muito apenas com o olhar: “Dizia que amava sem dizer uma única palavra, mas também dava bronca da mesma forma”, conta Angélica sorrindo.
Foi considerado um irmão amoroso, cuidava com zelo de cada uma das três irmãs. “Também não era diferente comigo e outros tantos sobrinhos, tinha a presença marcante que fazia as festas em família se encherem com sua presença. Fazia falta já nos primeiros cinco minutos que deixava nossas casas, e agora leva consigo um pedaço imenso de cada um de nós,” conta com emoção sua sobrinha.
Sua filha deixa um último agradecimento ao querido pai: “O mundo perdeu um grande homem e eu perdi o melhor ser humano que conheci e que tive a felicidade de poder chamar de pai. Mas haverá sempre um pouco do meu pai em mim, pois não passamos neste mundo sem deixar a nossa marca naqueles que amamos. O seu legado é imenso, foram muitos os ensinamentos. Restam apenas as boas lembranças de um homem incrível que viveu aqui na Terra. Ele se importou com todos que passaram em sua vida. Tornou-se inesquecível nesse mundão de Deus.”
Osvaldo nasceu em Mulungu do Morro (BA) e faleceu em São Paulo (SP), aos 65 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha e pela sobrinha de Osvaldo, Angelica Salome de Araújo Nascimento e Verônica do Nascimento Rocha. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Marcela Matos, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 15 de novembro de 2020.