1935 - 2020
Aos domingos esperava a família para encher as varandas, oferecendo-lhes o almoço mais caprichado da semana.
Viúva, Izilda criou os filhos com muita garra, acolheu três netas para ajudar na criação delas e mesmo aos 85 anos de idade ainda teimava em ir para a lavoura e ajudar na colheita.
Jamais será esquecida por nenhum de seus 12 filhos, 29 netos, 29 bisnetos e 3 trinetos, pela mulher forte que deu conta do recado e que, mesmo sozinha, olhou para o alto e seguiu firme em seu propósito.
Izilda tinha inúmeros títulos. Era filha, irmã, tia, esposa, mãe, avó, bisa e tataravó. Reservava os domingos para o descanso e amava ver a casa repleta de filhos e netos, para preparar com primor a comida feita em seu antigo fogão de palha. Quando chegava o final da tarde, não achava graça na despedida e dizia toda vez: "Fica mais um pouco, ainda está cedo".
"Hoje descansa em paz e deixa em nossos corações uma saudade sem medida", diz a neta Keyla.
Izilda nasceu em Criciúma (ES) e faleceu em Ibatiba (ES), aos 85 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela neta de Izilda, Keyla Joana Santos Souza. Este tributo foi apurado por Ana Macarini, editado por Mariana Nunes, revisado por Fernanda Ravagnani e moderado por Rayane Urani em 31 de agosto de 2021.