1965 - 2020
Podóloga apaixonada e mãe dedicada. O bom humor era porta-bandeira de suas atitudes amorosas.
Rita era bem-humorada e dona de uma risada muito gostosa. "Não era o tipo de pessoa de muitos beijos e abraços, mas suas atitudes sempre demonstravam todo o amor que ela sentia por aqueles que a rodeavam", descreve o filho Rafael.
Uma mãe muito dedicada, fazia de tudo pelos filhos: os biológicos, Rafael e Amanda, e o do coração, um anjo de nome Gabriel, que completou a família em 2014, quando foi adotado por ela e sua companheira Luciana.
Rita doou a maior parte da vida aos filhos e mais recentemente dedicou-se a sua nova paixão: a podologia. Mesmo depois de tanto tempo fora das salas de aula, se formou com louvor. Abriu um consultório e amou a nova profissão, mas não pôde aproveitá-la por muito tempo.
"Foi tudo muito rápido. Até planejou uma viagem e não teve tempo de fazê-la... Ela é mais uma vítima desse vírus e da falta de consciência das pessoas que insistem em furar a quarentena", afirma Rafael, que finaliza a homenagem com uma certeza: "Agora ela descansa em paz."
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Rita foi uma pessoa "simples e feliz", como define a esposa Luciana.
Já na vida adulta, formou-se em podologia e passou a exercer a profissão que verdadeiramente amou e que marcou sua história.
Rita também adorava o carnaval, a dança e ir à praia e à Feira de São Cristóvão, na capital fluminense, onde viveu toda a sua vida.
Apaixonada pela família, era uma mãe dedicada aos três filhos e uma companheira para a esposa, com quem compartilhou "doze anos de felicidade". Alguns desses, já na presença do pequeno Gabriel, que lida com a paralisia cerebral e com a deficiência auditiva unilateral através do apoio da família.
Na página de uma rede social, onde Rita cuidava com afinco das campanhas em benefício do tratamento do filho caçula, ela escreveu: "O que ganhei ao receber uma criança com deficiência? Ganhei sorrisos lindos e ganhei choros que não sabia o motivo (já que você não fala), mas que aprendi a identificar com o tempo. Ganhei mais paciência, compaixão, determinação e foco. Aprendi a lutar por seus direitos, pois sou seus braços, pernas, ouvidos (já que você escuta pouco) e voz. Com você, filho, aprendemos diariamente que a batalha é grande, mas a vitória é certa! Perdi a vergonha de abrir a boca ao mundo e pedir ajuda para você...", e acrescentou: "seu sorriso alegra meu ser. Se você está bem, o meu coração também fica."
Para todos, Rita foi uma amiga conselheira e uma mulher de coração tão grande quanto a saudade que deixa. "Ela nos deixou precocemente. E a saudade é eterna como é a gratidão por tudo que passamos juntas", finaliza Luciana.
Rita nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 55 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo filho e pela esposa de Rita, Rafael da Costa Santos e Luciana Reis Pessoa. Este tributo foi apurado por Luciana Fonseca, editado por Luciana Fonseca, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 28 de janeiro de 2021.