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Cláudio da Silva

1963 - 2020

Transbordava amor e era extremamente generoso com a família.

Cláudio sempre quis ser pai. Em 2004, realizou esse sonho com a adoção da bebê Ariane. Quatro anos depois, chegou a primeira filha biológica, Ana Leticia, e, em 2011, nasceu a caçula para completar a felicidade da família.

Como homem guerreiro, honesto e amoroso que era, lutou ao lado da esposa Sergia – também uma guerreira – para proporcionar uma vida melhor às três filhas.

Nas lembranças da sobrinha Aline, a dedicação de Cláudio se estendia aos demais familiares: “Ele sempre se fez presente, mesmo de longe; amava a família toda e nunca fez distinção entre os sobrinhos e os irmãos".

Aline relembra o carinho e a atenção especial que ela e sua irmã Alessandra receberam, após a separação dos pais delas, e acredita que a proximidade foi uma espécie de curso intensivo para a posterior paternidade de Cláudio.

“Meu tio era felicidade pura. Foi um marido, pai, irmão, tio e amigo que transbordava amor", finaliza Aline.

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Dos churrascos à construção de lares para os seus, a motivação de Cláudio era ver a família bem, feliz e reunida.

Era pau para toda obra: uma delas foi a construção de sua casa com as próprias mãos. Também ergueu um lar para a sogra. Foi pedreiro, vendeu frango, trabalhou embarcado no offshore por anos e montou uma pizzaria.

Por mais de trinta anos, viveu em matrimônio com Sergia. Tiveram três filhas e aproveitaram muito, a dois, a companhia delas. Faziam diversos passeios. Sergia estava sempre por perto, inclusive na pizzaria que o marido abriu, e que continuou administrando depois da partida dele.

Cláudio cuidou da mãe até o fim. Sétimo entre nove filhos, sempre reunia irmãos, sobrinhos e agregados. Construiu piscina para deixar a comilança de domingo mais divertida e agradável no calor do Rio de Janeiro. Sua sobrinha Emanuelle conta que amava desfrutar dos churrascos que ele fazia.

"Tinha uma risada alta e marcante. Cabeça quente que esfriava rápido e logo trocava os gritos pelos abraços", revela.

Além de reunir a todos, dissolvia qualquer conflito que porventura surgisse com piadas entre as pessoas envolvidas, sem tomar partido.

Seguirá vivo nas lembranças daqueles que amou.

Cláudio nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 57 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelas sobrinhas de Cláudio, Aline Caroline Bezerra Silva e Emanuelle Bezerra Silva. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente e Talita Camargos, editado por Mariana Quartucci, revisado por Paola Mariz e Fernanda Ravagnani e moderado por Rayane Urani em 16 de fevereiro de 2022.