1956 - 2020
Amável e generosa, tinha o conselho certo para o momento certo e fazia todos se sentirem em casa.
Maria da Glória era Glorinha para todos.
Mulher de fé inabalável, devota de Santa Rita de Cássia e Nossa Senhora da Paz, católica praticante que ajudava todas as igrejas no município de Itacoatiara, no estado do Amazonas.
Junto com seu coração caridoso, espalhava uma amabilidade incrível. Extremamente humana, trazia o sorriso no rosto como sua marca registrada e, como era muito positiva, dificilmente era vista comentando algo triste.
Casada por cinquenta anos, era a base da família no verdadeiro sentido da palavra, uma esposa amável e uma mãe que defendia os dois filhos como uma leoa. Tinha sempre o conselho certo para o momento certo.
Seu amor pela família era demonstrado no esforço em mantê-la próxima e, como era do seu agrado, deliciando-se com os pratos feitos por ela com muito esmero.
Eram seus prazeres também viajar para conhecer o mundo e comer frutos do mar.
Como empresária do ramo hoteleiro em sua cidade, destacava-se pelo carisma logo percebido por todos aqueles que dela se aproximavam. Em sua casa, todos se sentiam como se estivessem em casa ou como se fizessem parte da família, tamanho eram seu acolhimento, carinho e generosidade.
Glorinha amava a música e utilizava como lema, diante de qualquer situação, parte de uma letra composta por Leandro Guedes, chamada “Um Refrão pra sua Alma”:
“Se eu pudesse conversar com sua alma
Eu diria, fique calma, isso logo vai passar
Eu daria um conselho, chore mesmo
E enquanto chora, aproveita pra orar
Porque quem chora pra Deus é consolado
É bem-aventurado e Deus não desamparará
Ele mesmo enxugará as tuas lágrimas
Então desabafa e deixa Ele te abraçar, oh glória
Calma, calma, não se preocupe, tenha calma
Calma, calma, eu dedico esse refrão pra sua alma
Calma, calma, não se preocupe, tenha calma
Calma, calma, eu dedico esse refrão pra sua alma
Tudo calminho né? É o Espírito Santo que tá aqui
Pode adorar Ele nessa noite, aleluia!...”
Glorinha foi uma pessoa como poucas sabem ser no mundo atual.
Sua partida causou um dano irreparável no coração dos que ficaram e, para eles, continuar vivendo sem ela exige força, coragem e determinação, associados ao desejo de que descanse em paz.
Maria nasceu em Manaus (AM) e faleceu em Manaus (AM), aos 64 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela nora de Maria, Ionariellen Cavalcante dos Santos. Este tributo foi apurado por Hélida Matta, editado por Vera Dias, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 14 de janeiro de 2021.