1953 - 2020
Quebrando tabus, já cinquentenário tornou-se bacharel em Direito.
Seu Raimundinho, como era carinhosamente chamado, foi um exímio policial civil do Estado do Pará, onde exercia seu ofício com muito zelo. Nas horas livres, adorava jogar futebol e depois tomar uma cerveja com os amigos.
O neto Thiago lembra que o avô passava horas no sofá assistindo aos telejornais e que era apaixonado pela profissão e pelo Paysandu, seu time do coração.
Teve quatro filhos, todos registrados com a inicial "A" nos nomes: Alessandra, Ana Paula, Adriana e André.
Jamais dormia sem ligar o seu rádio e deixar a noite toda tocando, com a justificativa de que se, por ventura, aparecesse algum ladrão, pensaria ter alguém acordado na casa. Também tinha o costume de sempre dormir com o braço cobrindo o rosto.
Raimundo nasceu em Belém (PA) e faleceu em Marabá (PA), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo neto de Raimundo, Thiago Carvalho dos Santos. Este texto foi apurado e escrito por Lucas Cardoso, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 3 de fevereiro de 2021.