1966 - 2021
O churrasco era, para ele, um momento especial. Sentia prazer em preparar com amor e servir a todos.
Celso tinha um coração "do tamanho do mundo". Altruísta, estava sempre disposto a ajudar os outros, independente da situação. Fazia questão de auxiliar em momentos de enfermidade; se o carro de alguém quebrasse; se precisassem de dinheiro; levava comida para pessoas famintas em situação de rua, mesmo que não pedissem e alimentava cãezinhos abandonados. Viveu cada segundo para servir, segundo a sua vocação: "ser útil ao próximo."
Profissional dedicado, trabalhava como motorista de caminhão e, apesar da rotina cansativa, estava sempre com um sorriso no rosto. Espirituoso, cultivava uma fé vibrante e foi um exemplo do Evangelho Vivo; amava a Deus sobre todas as coisas e era um fiel seguidor dos ensinamentos de Jesus Cristo. Carismático, falava sempre que tinha oportunidade sobre: o amor, o respeito, a bondade e a gentileza. Para ele, o Evangelho precisava ser repassado às pessoas com leveza e sabedoria. Músico autodidata, fosse no violão, contrabaixo, às vezes bateria ou "arranhando" um pouco no teclado; estava sempre tocando um instrumento na Igreja.
Esposo amoroso, casou-se com Kátia. Pai que exercia a paternidade com afinco, teve seis filhos; seus maiores tesouros, entre eles: Michele e Caio, frutos de seu primeiro relacionamento; Julia, Junior, Agatha e Jasmin. A família era seu bem mais precioso, especialmente os netos: Fernnando, que chamava o avô de "véver",e Luiza, que infelizmente não teve a oportunidade de conhecer, mas que amou desde a notícia da gravidez.
Gostava de trazer alegria contando piadas, imitando o Bruno, da dupla Bruno e Marrone, registrar momentos tirando fotos e filmando toda a família, amigos e até os animaizinhos que alimentava na rua; encantar a todos com seus belos acordes nos encontros e preparar churrascos. Cuidava de cada detalhe com todo amor e carinho, sentindo prazer em escolher e comprar os ingredientes, acender a churrasqueira, assar, cortar as carnes e servir a todos, nem que fosse apenas um "tira-gosto". Para a família, ele foi o melhor churrasqueiro do mundo!
"Nós sempre nos lembramos de quando meu pai parava o carro em frente a casa da minha mãe e os cachorros da rua cercavam o carro, pois já o conheciam. Os cãezinhos sabiam que mais tarde ganhariam o almoço deles", relembra a filha Michele, completando: "Era um pai carinhoso, diariamente me visitava para tomar um café depois do trabalho. Foi ele quem me ensinou a dirigir e me ligava de três a quatro vezes por dia dizendo assim: -Michela, Min, Chin, Chuang, convém que eu suba na sua casa para tomar café?"
Celso partiu, deixando muitas saudades e um legado imenso no coração de quem com ele conviveu. Os valores tão preciosos de compaixão, empatia, amor, gratidão, perdão e, acima de tudo, o amor a Deus permanecerão vivos, sendo repassados de geração em geração.
Celso nasceu em Santo André (SP) e faleceu em Mauá (SP), aos 54 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Celso, Michele Adelaide Carolino dos Santos. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Felipe Bozelli, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 24 de setembro de 2021.