1964 - 2021
Participava das missas semanalmente como ministra da Eucaristia e levava a comunhão aos enfermos com alegria.
Verinha, como era carinhosamente chamada pelas companheiras de fé e de igreja, foi um exemplo de amor e caridade na sua comunidade religiosa e entre seus familiares e amigos. Dedicada à religião católica, sonhava em ser ministra da Eucaristia, e por isso voltou a estudar aos 45 anos. Conseguiu realizar seu sonho junto com o marido, após a conclusão do ensino médio. Amava levar a palavra de Deus e a comunhão aos enfermos. Exercia seu papel como ministra da Eucaristia com dedicação e alegria.
Mulher de fibra e batalhadora, Vera Lucia mudou-se da cidade de Garanhuns, onde nasceu, para São Paulo, ainda jovem, aos 14 anos. No agreste pernambucano, teve uma infância pobre e sofrida, e cresceu ajudando, junto com seus irmãos, a mãe nos afazeres domésticos, já que o pai estava muito doente. Esse foi o ofício que aprendeu. Na cidade nova, já aos 20 anos, trabalhava fora de casa como empregada doméstica. Por muitos anos exerceu essa profissão, o que trouxe algumas sequelas para seus braços e ombros.
Casou-se aos 24 anos e a partir de então teve início o fortalecimento e formação do seu amor de mãe e constituição de sua família. Teve dois filhos, aos quais amou e deu suporte sempre. Amanda, a filha mais velha, conta que ela e seu irmão se sentem honrados de terem convivido com uma mãe tão amorosa e maravilhosa. Foi a melhor mãe que seus filhos poderiam ter. Ambos sentem-se orgulhosos de Vera Lucia, cujo sorriso e alegria sempre contagiou a todos. Seu amor era enorme e sem esforços. Viveu com entrega seu papel e mãe e esposa.
A mãe de Amanda fez muitas amizades ao longo da vida. Era uma pessoa muito querida e sua marca era a garra e força de vontade. “Era tão bondosa que não esperava nada em troca, fazia as coisas para os outros sem nenhum interesse”, relata a filha, que ainda lembra o quão positiva e confiante em Deus era sua mãe.
“Sentiremos muitas saudades do seu sorriso, conselhos, das suas ligações e preocupações.
Foi a melhor mãe do mundo (...). Seu legado continuará com todos seus ensinamentos e desejos. São as saudades que determinam o quão intensas e especiais são as lembranças de alguém em nossas vidas”, homenageiam, com amor, os seus filhos.
Vera nasceu em Garanhuns (PE) e faleceu em São Bernardo do Campo (SP), aos 56 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Vera, Amanda Bispo Silva Rozeno. Este tributo foi apurado por Larissa Reis, editado por Bárbara Tenório, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 31 de agosto de 2021.