1937 - 2020
Menina linda que curiosa olha para as estrelas.
Ana nasceu na antiga cidade de Fiume - na época Itália - pouco antes da segunda guerra começar.
Seu pai participou por anos da resistência contra as forças nazistas de Hitler e escapou da morte com a família muitas vezes até que conseguiu fugir para o Brasil.
Ana amou muito o Brasil a natureza e nossa conexão com ela.
Ativista criadora do instituto interposto na ECO-92 no Rio de Janeiro e defensora dos direitos indígenas, tinha relações próximas com o Povo Indígena Cinta Larga.
Profunda conhecedora do poder das plantas e dos chás, sempre tinha à postos a medicina certa.
A maior paixão de Ana eram as estrelas, das quais era profunda conhecedora. Ela unia a sua formação acadêmica em psicologia, com seus estudos profundos de mais de 50 anos como astróloga para ajudar as pessoas a se conectarem com o outro.
"A morte do outro é parte da minha morte. A dor do outro é parte da minha dor." disse ela no seu livro: Elos Entre Vidas Passadas, 2000.
Ana trabalhou como psicóloga na linha de frente contra a pandemia no Brasil.
"Excelente psicoterapeuta. Pesquisadora, fez das religiões de matriz africana seu objeto de estudo. Foi também astróloga e hipnóloga." conta a amiga Ana Leite.
"Me ensinou que amar não é olhar um para o outro. É olhar para a mesma direção. Então, cada vez que eu olhar para as estrelas vou me lembrar de você brincando e se divertindo com elas." diz seu filho Sacha.
Ela teve 3 filhos, Alexander (Sacha), André Nicolas e Suzy Karen e 7 netos.
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Dizia que todos temos uma frequência cósmica, que se conecta com o universo.
Escreveu o livro "Elos Entre Vidas Passadas".
Foi astróloga, hipnóloga e psiquiatra.
Participava do grupo de mulheres notáveis e chegou a ser homenageada pela ALERJ.
Sempre foi amada por todos que a conheciam, pois atendia com muito amor e, muitas vezes, de forma gratuita.
"Tentei, de todas as formas protegê-la do vírus, mas ela colocava o amor pelo que fazia pessoalmente, às vezes, recusando-se a usar a internet", conta o filho Alexander.
Por adorar a força que as estrelas exerciam sobre o ser humano, acreditava que a morte física existia, mas a espiritual e cósmica, nunca.
"Partiu no dia do meu aniversário", lembra Alexander.
Ana nasceu em Fiume (Itália) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 82 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo filho de Ana, Sacha. Este texto foi apurado e escrito por Edson Pavoni, revisado por Monelise Vilela e Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 9 de julho de 2020.