1964 - 2021
Doutor na arte de "fazer resenhas" de comidas diferentes com a família.
Mauricio era um homem que apreciava os momentos junto com a família, regados a churrascos aos domingos e as cantorias. Amava passarinhos e, para entretê-los, acordava às 5h da manhã, ligava a TV no noticiário 'Primeira Hora' e depois deixava o rádio sintonizado, durante o dia todo, na estação carioca 'JB'. Apesar de ser muito sonoro, gostava dos momentos de pausa e silêncio que só uma pescaria pode proporcionar.
Com Rosângela, seu primeiro amor, esteve junto desde a adolescência. A união que durou trinta e sete anos gerou grandes frutos: duas filhas - Daiana e Priscilla - e um filho - Matheus -, a quem amava incondicionalmente e sem medidas. Também, era avô de Daniel, e a quem dizia ser o presente de Deus em sua vida. Daiana, com carinho, descreve: “Ele era nosso herói e maior incentivador!”.
Trabalhou como policial ferroviário desde 1986. Amava o que fazia, principalmente quando ajudava e assessorava passageiros, sempre zelando pelo bem-estar. Porém, quando se aposentasse, tinha planos: realizar o sonho de ir morar na Praia de Garatucaia, localizada na Costa Verde do Rio de Janeiro. Para a carreira das filhas, realizou um exímio feito: fez o possível para que estudassem e se formassem no ensino superior, coisa que não pode quando jovem. E ambas se formaram na faculdade dos sonhos do pai: Direito!
Seja cantando fora do tom e do ritmo canções do Raça Negra ou do Zezo nos karaokês das reuniões familiares, seja nas conversas diárias tirando sarro de alguma situação ou “fazendo resenha” de uma comida diferente com a família. Fazer os outros rirem? Ele adorava!
Mauricio nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 56 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Mauricio, Daiana de Araujo Lopes Torres. Este tributo foi apurado por Ana Paula Amorim, editado por Ana Paula Amorim, revisado por Luana da Silva e moderado por Rayane Urani em 29 de dezembro de 2021.